O escultor e artista plástico Mário Lopes abre as portas do estúdio e ateliê na tarde de domingo, dia 26 de outubro, dando a conhecer o espaço e as obras de arte mais recentes.
É a primeira vez que o artista, natural de Santa Eufémia, Leiria, mostra ao público o sítio onde trabalha há cerca de duas décadas: um espaço nos Andrinos, em Leiria, que tem sido melhorado, não só para a criação das esculturas e outras obras, como também para a sua exposição.
“[Abrir ao público] Era uma situação que gostava de ter realizado há mais tempo, mas não tive oportunidade. Este domingo vou finalmente apresentar o meu ateliê/estúdio”, aproveitando a circunstância de estar praticamente concluída a maior peça em que alguma vez colaborou.
Além de cerca de três dezenas de trabalhos de Mário Lopes – entre esculturas em pedra e cortiça, pinturas, criações com papoilas ou peças de vidro -, será revelada “Cheshmeh”, uma enorme escultura desenhada pela Samaneh Reyhani.
A parceria entre Mário Lopes e a artista iraniana remonta a 2012, quando o escultor participou num simpósio em Teerão (onde o leiriense recebeu o primeiro prémio). “Ela era estudante de belas-artes e estava a tirar a licenciatura. Foi depois viver para a Suécia, fez mestrado em escultura, começou a ter um foco muito grande no trabalho que estava a desenvolver e a ser chamada para fazer esculturas para espaço público”.
Começou então uma colaboração entre o escultor português e Samaneh Reyhani, que convoca o saber-fazer de Mário Lopes em encomendas de maior dimensão. É o caso de “Cheshmeh”, uma enorme obra criada para ser instalada no pátio de uma escola situada na periferia de Estocolmo, na Suécia.
O desenho é de Reyhani, que pediu a Mário Lopes que produzisse a escultura em Leiria, emprestando a sua técnica e experiência. “Uma peça assim, por cá, só de 20 em 20 anos. É muito raro ver-se”, reconhece o escultor, que está na fase final da conclusão da obra, após cinco meses de trabalho: são três blocos em granito de Figueira de Castelo Rodrigo que, sobrepostos, perfazem sete metros de altura. Domingo, a artista iraniana estará também nos Andrinos para explicar o conceito que inspirou a nova escultura.
“É uma obra um bocadinho fora do normal, na nossa região, e decidi que este era um bom momento para mostrar também o ateliê e estúdio”, explica o artista.
O ateliê/estúdio de Mário Lopes, na rua Principal, 1200, nos Andrinos, em Leiria, abre portas ao público no domingo, com entrada livre entre as 15 e as 18 horas. A intenção é, depois, voltar a receber público em ocasiões pontuais, dando a conhecer o processo de desenvolvimento das obras de arte e, no futuro, apresentar também ali exposições.
