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Rafael Campos Pereira: “A UE quer impor taxas ao aço importado e esse é um enorme problema para nós”

O vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), Rafael Campos Pereira, analisa nesta entrevista um dos sectores mais relevantes da indústria nacional, com empresas sólidas, com grande capacidade de exportação e de enorme importância social.

FOTO: João Ribeiro

O grande problema do Metal serão as tarifas que a Comissão Europeia está a querer impor já no próximo ano ao sector, aparentemente para tentar defender a siderurgia. É assim?
É um enorme problema que o sector tem pela frente porque a Comissão Europeia está a tomar uma decisão sem sentido. Para além das cláusulas de salvaguarda da siderurgia que impõem restrições à importação de aço de fora da Europa de 25% já existentes, a Comissão quer impor mais 25% de tarifas na importação de aço de fora da Europa, ou seja, nas matérias primas essenciais para as empresas metalúrgicas e metalomecânicas. Ao mesmo tempo, os produtos acabados vindos do exterior, nomeadamente da Turquia, não são taxados.
A Comissão Europeia está eventualmente a defender uma indústria, a siderurgia, que é vinte vezes mais pequena do que a metalúrgica e a metalomecânica. Segundo o Eurostat, números de 2022, tinha já um volume de faturação de 4,2 biliões de euros e empregava 13,5 milhões de trabalhadores, enquanto a siderurgia europeia representava 200 milhões de euros e dá emprego direto a 300 mil pessoas. Uma enorme diferença de peso económico e social.
Em Portugal também é assim. Tem um volume de negócios de 38 mil milhões de euros, exportações superiores a 24 mil milhões, mais de 250 mil trabalhadores e um VAB (Valor Acrescentado Bruto) de mais de 10 mil milhões para o Metal, enquanto a produção anual de aço bruto no nosso país vale entre 1,3 e 1,6 mil milhões de euros, dependendo da cotação internacional.
Na Europa parecem não querer valorizar a indústria metalúrgica. É um erro e um erro absurdo. Mais ainda, em princípio as novas tarifas apontavam para ser introduzidas na segunda metade do ano, a 1 de julho e agora até parecem querer antecipar para 1 de janeiro de 2026.


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