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Rosto de Hugo Ferreira

Hugo Ferreira

Empresário e responsável da Omnichord Records

2020 foi o ano em que mais temas e mais discos físicos lançámos

“Muita comunicação social debitou medo e pânico de manhã à noite e vivemos a duvidar dos outros e de nós a toda a hora”, refere Hugo Ferreira no balanço que faz de 2020

Positivo

A superação e o espírito de missão de quem esteve (e está) na linha da frente e as variadíssimas manifestações de apoio e de solidariedade que partiram, muitas vezes, de pessoas individuais ou de projetos locais ou comunitários. A adaptabilidade de muitos sectores e a certeza de que provavelmente temos que repensar muitas das nossas prioridades, dos nossos hábitos e dar mais valor a muito do que tínhamos como normal e adquirido.

Negativo

O distanciamento físico nunca deveria ter sido generalizado como distanciamento social, muita comunicação social debitou medo e pânico de manhã à noite e vivemos a duvidar dos outros e de nós a toda a hora, numa incerteza constante. As consequências económicas e sociais foram graves e estão para durar e temos que reaprender, em segurança, a viver mais em comunidade com novos paradigmas económicos e financeiros, redesenhando alguns sectores económicos e nunca desinvestindo na saúde, na educação e na cultura.

O que não podemos esquecer

A capacidade de adaptação e a resistência para nunca parar nem baixar os braços foram duas características que se manifestaram como há muito não se via. Empresas e serviços mudaram mecanismos, criaram e implementaram planos em tempo recorde, saíram muitas vezes da sua zona de conforto e arriscaram. 2020 foi o ano em que mais temas e mais discos físicos lançámos na Omnichord Records. Oxalá continue a fazer sentido ser resistência, construir e acreditar que a cultura também salva.