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Rui Marroni

Direção Regional de Leiria do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

A resposta das autarquias ao estado de emergência

É crucial que as autarquias possam disponibilizar todo o seu apoio de proximidade, às suas populações.

O Estado de Emergência veio determinar um conjunto de medidas que condicionam e limitam a vida dos Portugueses. O encerramento de instituições e serviços, que não são considerados essenciais e o isolamento social determinaram uma alteração profunda das condições de vida no País, que se irá manter nos próximos dias.

Por outro lado, o número crescente de casos de infecção com COVID-19, também não permite prever o fim desta pandemia, no nosso País e no Mundo. Torna-se pois, crucial, que todas as instituições e concretamente as autarquias locais possam apoiar, na medida das suas possibilidades, quer os cidadãos, quer as instituições do Serviço Nacional de Saúde das suas regiões.

Tem sido divulgado publicamente, que existem Câmaras e Juntas de Freguesia, designadamente no distrito de Leiria, que têm estado a implementar medidas de apoio, quer a pessoas e famílias isoladas, quer através da redução de tarifas municipais.

O acompanhamento e apoio aos hospitais e centros de saúde das regiões, também são imprescindíveis, principalmente pela disponibilização de meios e instalações que possam minorar as necessidades sentidas actualmente e que previsivelmente, se virão a agravar nos próximos tempos.

Temos tido notícias de aquisição de equipamentos de saúde, incluindo ventiladores e Equipamentos de Protecção Individual (EPI), fundamentais para garantir a prestação segura dos cuidados de saúde e a protecção dos profissionais de saúde. Estes EPI são também indispensáveis para evitar a propagação deste vírus, ainda não totalmente conhecido, mas que se sabe, de fácil contágio.

Outra intervenção que pode ser efectuada pelas autarquias, passa pela informação e esclarecimentos das suas populações, reforçando localmente, a comunicação e a literacia, as medidas de protecção, de isolamento social e de apoio aos mais carenciados e isolados.

A implementação e o cumprimento das medidas que possam permitir reduzir e travar a propagação do vírus serão cruciais para ganharmos esta “guerra” que travamos contra um micro-organismo, que se transmite e infecta, mesmo através de pessoas sem sintomas.

Sem vacina e sem um tratamento totalmente eficaz para combater o vírus, este é o caminho a seguir, sendo crucial que as autarquias possam disponibilizar todo o seu apoio de proximidade, às suas populações.