Portugal, Portugal, Portugal

Quando penso em Portugal, penso nas minhas avós. Porque elas são Portugal. (…) um país mais desenvolvido e educado. Mais humano e respeitador. Mais livre e democrático. Mais fraterno e condescendente.

A minha história de vida já ultrapassou meio século. Dos meus antepassados, conheci por pouco tempo o meu avô paterno—tinha dez anos quando ele morreu. Do meu avô materno, restam apenas fotografias e histórias contadas. Já as minhas avós, que nasceram no início do século XX e viveram ambas cerca de cem anos, acompanharam-me até ao último instante. É delas que falo, numa breve analogia com a história do último século deste país, que se chama Portugal.