Viver em democracia é condição enquadrada numa cidadania de excelência, que nos concede o direito de participar na vida coletiva. Por mais imperfeita que seja, a democracia é melhor do que todos os outros regimes e constitui a oportunidade para expressar a própria opinião, sem medo e em total liberdade, decidindo o que é mais apropriado ao presente e futuro.
Há um largo conjunto de privilégios que damos por imutáveis, o que acaba muitas vezes por impedir a consciência do seu real valor. É o que acontece com a democracia, um luxo inalcançável para largos milhões de pessoas, um pouco por todo o mundo. Tal como um jardim, a democracia precisa de ser diariamente protegida, para impedir o crescimento de ervas daninhas e o aparecimento de pragas.
Viver em democracia é ter direitos e deveres; a participação é as duas coisas e constitui um imperativo que nos convoca individualmente a decidir o futuro coletivo. É assim na escolha dos autarcas, na eleição dos deputados para a Assembleia da República e para o Parlamento Europeu, bem como no sufrágio que decide quem desempenha o cargo de Presidente da República e representará todos os portugueses.
Neste tempo em que algumas vozes críticas perderam a elegância e transformaram o debate de ideias num palco extremado, manchado por ofensas e inquinado por mentiras, devemos sublinhar o valor da democracia e cumprir o dever de participar. Aqueles que pensam que a política é um tema de interesse exclusivo para os políticos, esquecem-se de que as decisões políticas impactam em toda a sociedade e podem afetar a vida de cada um e o seu bem-estar. O presente decide-se hoje, o futuro escreve-se com as escolhas que fazemos sempre que a democracia nos interpela.
As eleições presidenciais animam debates e encontros, de norte a sul do país, preenchendo o espaço público com diferentes perspetivas. Esteja atento e decida, por si e por todos.