Austeridade e crise, duas coisas diferentes, tomaram o quotidiano português. A primeira obriga a optar pelo indispensável e deixar o supérfluo. Atitude imperativa para os nossos executivos.
O local tem gasto o pouco que há em obras de prioridade… duvidosa. Obras feitas porque o anterior executivo as havia inscrito – entre outras, ainda no tempo do sobe, sobe, balão sobe…- em programas de cofinanciamento comunitário.
À roda do e no castelo ou a refazer o que estava “normal” (ex. R. Tenente Valadim ou o mercado de Sant’Ana). E o que urge por todo o Concelho vê o pouco dinheiro que há ser gasto em obras de embelezamento, próprias de tempos de abundância. Nada imprescindível.
Isto suscita-me uma dúvida. Se o estádio estivesse nesses projectos, construía-se?
A regra é simples. Em austeridade faz-se o prioritário, a manutenção e o inadiável. Para a abastança fica o que noutras circunstâncias não poderia ser feito. Fácil, não? E permite maior equidade e justiça para todos os munícipes.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Assim parece haver filhos e enteados…
Para o ano vai ser melhor, desejo.
P.S.: O Governo parece confundir austeridade com empobrecimento. Revela a intenção de conduzir a crise no sentido regressivo. Quando o que se exige é que esta sirva para implementar medidas de desenvolvimento. E pode fazer-se da crise uma oportunidade…
(texto publicado na edição em papel de 30 de Dezembro de 2011)