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Maternidade das artes

A maior, e ao que parece, única, diferença entre os seres humanos e os restantes seres vivos é a capacidade de fazer e contemplar a arte.

Os bebés e as crianças até aos cinco anos devem ouvir música para ficarem mais inteligentes? Não. Mas é já abundante a investigação científica que comprova existir uma relação entre a fruição e prática musicais e o desenvolvimento cognitivo da criança, em especial quando verificado na primeira infância.

As aulas de música servem para diagnosticar e estimular crianças com elevada aptidão e assim abrir portas a uma futura carreira profissional? Não. Mas é verdade que muitas vocações musicais se detectam e encaminham profissionalmente com maior sucesso quando essa descoberta se dá até aos cinco anos. Os concertos e as aulas de música para bebés servem para criar públicos futuros? Não. Os bebés são já público, e dos mais exigentes.

A maior, e ao que parece, única, diferença entre os seres humanos e os restantes seres vivos é a capacidade de fazer e contemplar a arte. A civilização ocidental deixou de centrar a formação dos seus membros nas artes e substituiu-as pelas tecnologias. A Escola de Artes SAMP, participando num movimento global onde as artes devem (re)ocupar um lugar central na educação, oferece um amplo projecto de formação onde a primeira infância e a aprendizagem vivencial em família se distinguem. O Berço das Artes, com aulas regulares de música, teatro e dança para crianças dos zero aos cinco anos, é o ponto de partida para uma viagem educativa única, onde a estética e a criatividade abrem portas a um caminho muito precioso e especial. Como nós, os seres humanos.

Texto de Paulo Lameiro
Director pedagógico da SAMP

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