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Leiria

Parque Aquapolis na Barosa com piscina ao ar livre, parque infantil e horto pedagógico

Para a concretização deste projeto, o município “vai adquirir por 1,835 milhões de euros um terreno numa área contígua ao horto municipal”

O Município de Leiria quer construir um parque numa área de oito hectares, designado “Aquapolis”, que inclui a extensão do percurso Polis, horto pedagógico, piscina ao ar livre, parque infantil e a recuperação para área fruição comunitária da antiga Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Barosa.

Segundo a proposta apresentada na reunião do executivo municipal, na tarde desta terça-feira, dia 6, “a água será um elemento central” e o “projeto oferece à população um parque com múltiplas valências”, elevando “o percurso Polis para um novo patamar, com significativo aumento das áreas de fruição, oferecendo múltiplas dimensões: ambiental, lazer, desportiva, patrimonial e cultural”.

Para a concretização deste projeto, o município “vai adquirir por 1,835 milhões de euros um terreno numa área contígua ao horto municipal, onde se pretende estabelecer uma nova centralidade para Leiria”. Esta proposta do executivo socialista foi aprovada com os votos contra do PSD.

Trata-se das antigas instalações da Exelis, que contemplam um terreno e três edifícios, com uma área de 45.000 m2, que vão ser transformados num centro logístico municipal, “evitando a construção de raiz que teria custos muito elevados”.

“Deste modo, o valor do investimento é aplicado não apenas no centro logístico, mas alavancado no desenvolvimento de um novo parque público, dirigido a vários segmentos da população, a começar pelas crianças, que beneficiarão de um horto pedagógico e do complexo de piscinas a construir”, refere a descrição do projeto, adiantando “trata-se de um investimento estratégico para o futuro, com custos controlados”.

O município de Leiria pretende construir o complexo de piscinas municipais ao ar livre junto das margens do Rio Lis que, pela “envolvente do espaço e pela simbologia que está adjacente ao Polis, recupera o imaginário da antiga piscina que atravessa gerações de leirienses” e poderá albergar também prática desportiva, pelo que se integra uma piscina com dimensões olímpicas”, adianta.

Este complexo ocupará uma área de 11.900 m2, com um plano de água com capacidade para 750 pessoas, estacionamento, edifícios de apoio, e ainda uma área adicional de enquadramento natural e de estadia de 13.000 m2.

Quanto ao horto municipal, a intenção é “requalificar este espaço, tornando-o visitável e captando-o para funções educacionais”, no sentido de, “tal como as piscinas, ser um projeto multigeracional, voltado para a comunidade”.

As estruturas de antiga ETAR serão transformadas, apostando-se em criar locais de fruição, e através da extensão do percurso Polis será possível aceder ao Parque Aquapolis de Leiria a pé ou de bicicleta.

No que respeita ao centro logístico municipal, ocupará os edifícios da antiga Exelis, que serão reconvertidos. Os três edifícios terão as funções de armazém municipal, centro de recursos, área oficinal, gabinetes técnicos e área social.

PSD defende outras localizações

Na reunião do município, ainda antes no período da ordem do dia, o vereador do PSD Álvaro Madureira apontou outras localizações para as piscinas descobertas, defendendo que “para haver decisões de qualidade é preciso ouvir os outros”.

“Não podemos só pensar na nossa geração na gestão autárquica, temos de ver em termos de médio e longo prazos”, declarou Álvaro Madureira, considerando que a zona, “em termos paisagísticos, não é a melhor”, devido à passagem nas imediações da linha de caminho-de-ferro e do aproveitamento de terrenos próximos para o espalhamento de efluentes suinícolas.

O presidente da câmara respondeu que foram feitos “vários estudos e análises” que culminaram nesta escolha e, já na ordem do dia, quando apresentou o projeto Aquapolis, justificou que a localização representa uma “nova centralidade”, para “alavancar o desenvolvimento do território”.

Segundo Gonçalo Lopes, o projeto inclui “preocupações com a água e a reabilitação urbana”, aproveitando, igualmente, “terrenos do município”, como o da ETAR da Barosa ou do horto municipal, para transformar em algo que “poderá ser muito decisivo para criar valor na área do ambiente e da cultura”.

As antigas instalações da Exelis

O autarca destacou ainda a localização junto ao rio Lis, frisando que, “com este investimento, que é uma mais-valia”, se consegue “resolver vários problemas”.

Álvaro Madureira questionou o facto de o projeto colocar “na mesma zona áreas logísticas do município e dos SMAS e de fruição e lazer”, temendo que, assim que estiver concluído, os espalhamentos provoquem “uma situação muito desagradável”.

“Pode inviabilizar a qualidade ambiental” do parque, continuou, acusando o presidente da Câmara de não ouvir a oposição, e desafiou: “Se quiser arrepiar caminho, estamos aqui para ajudar”.

Gonçalo Lopes disse que Álvaro Madureira “deu quase a volta toda ao concelho” com alternativas de localização para as piscinas descobertas, mas “não apresentou nenhuma” que responda aos objetivos estratégicos do município

Notícia atualizada às 19h30 com declarações do vereador do PSD, Álvaro Madureira, e do presidente do município (Lusa)

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