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Sociedade

PCP questiona Governo sobre milhares de cartas em atraso nas Caldas da Rainha

O PCP questionou o Governo sobre a existência de 89 mil correspondências por distribuir nas Estações dos Correios das Caldas da Rainha e Óbidos, mas a empresa responde que são apenas 3.500.

O PCP questionou o Governo sobre a existência de 89 mil correspondências por distribuir nas Estações dos Correios das Caldas da Rainha e Óbidos, mas a empresa responde que são apenas 3.500.

“Só nas Caldas da Rainha, há cerca de 89 mil cartas por distribuir que estão encaixotadas à espera para serem tratadas”, afirma o deputado comunista Bruno Dias numa pergunta dirigida ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC).

Segundo o PCP, a situação foi denunciada pelo SNTCT/Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (secção regional Oeste e Ribatejo).

Com base na informação prestada pelos trabalhadores, o problema “deve-se à recente reestruturação que fez com que os trabalhadores que entravam ao serviço às 6h30 passassem a iniciar o seu trabalho às oito da manhã, com implicações não só nos salários dos trabalhadores como também na própria organização do trabalho”.

O PCP quer saber se o MOPTC “desmente esta denúncia” ou se, “reconhece esta situação e a necessidade de tomar medidas concretas para lhe dar resposta”.

Os CTT desmentem os números avançados pelo sindicato assegurando que “hoje existem no CDP das Caldas da Rainha [que engloba as estações das Caldas e Óbidos] 3.500 correspondências por distribuir”, disse à Lusa Hernâni Santos, director Nacional do Serviço a Clientes.

De acordo com a mesma fonte, “a diminuição da correspondência” e a “automatização dos serviços” tornam injustificável “que os carteiros tenham que entrar às 6h30 da manhã”, sendo a alteração do horário de entrada (para as 8 horas) comum à maioria dos centros de distribuição do país.

“Nas Caldas esta situação têm gerado perturbações porque os trabalhadores deixaram de receber o subsídio de incomodidade”, explica Hernâni Santos, aludindo aos protestos e greves efectuadas pelos carteiros.

Porém, acrescenta, “a distribuição está a ser feita em cumprimento do padrão de serviço da empresa”, com o correio azul e prioritário “totalmente distribuído” e a restante correspondência “distribuída nos prazos contratados pelo cliente”, ou seja, três dias úteis para o correio normal e cinco dias para o Direct Mail (correio empresarial e campanhas publicitárias, entre outras).

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