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Sociedade

Autárquicas 2017: Candidatos à Câmara de Pombal

Há oito candidatos às eleições autárquicas de 1 de outubro para a Câmara de Pombal. Conheça quem são e o que defendem.

Freguesias: Almagreira, Abiul, Carnide, Louriçal, Meirinhas, Vila Cã, Pelariga, Pombal, Redinha, Vermoil, Carriço, União da Guia, Ilha e Mata Mourisca, União de Santiago e São Simão de Litém e Albergaria dos Doze

Área: 626.00 km2
População: 55 217 (2011)
Eleitores: 52 182 (2017)
Desempregados (%) entre residentes em idade ativa: 4,9% (2016)
Índice de Envelhecimento: 191,1 (2016)
Poder de compra per capita: 85,3% (2013)
Feriado Municipal: 11 de novembro

O concelho de Pombal tem vindo a afirmar-se como um dos municípios onde o PSD se afirma no distrito de Leiria, onde os sociais-democratas conquistam a Câmara de forma ininterrupta desde 1993.

Durante cerca de 20 anos, a Câmara foi liderada por Narciso Mota, um dinossauro autárquico que teve que se arredar do poder em 2013, por imposição legal, que passou a estabelecer um limite máximo de três mandatos na liderança de um município.

Seguiu-se Diogo Mateus, que era vice-presidente de Narciso Mota. Apesar da mudança, em 2013, o PSD voltou a conquistar o município e o atual presidente é recandidato ao cargo. No entanto, face à entrada do antigo presidente Narciso Mota, que concorre como independente, a vitória do PSD já não é dada como certa e garantida.

Bloco candidata Gonçalo Pessa

Militante do Bloco, Gonçalo Pessa, economista de 23 anos, é natural de Pombal e trabalha no Banco de Portugal. Os objetivos traçados são ambiciosos e passam por o partido “ter eleitos em todos os órgãos para os quais” vão concorrer.

Políticas de combate à precariedade laboral, criação de mais condições para a fixação de jovens e uma melhor integração da comunidade cigana do concelho são outras das propostas do Bloco, que se candidatou pela última vez ao município em 2009, altura em que teve 1,85% dos votos.

CDS avança com Sidónio Santos

Sidónio Santos, presidente da concelhia do CDS em Pombal, é o candidato do partido à liderança da Câmara. O objetivo mínimo para estas autárquicas, por parte do terceiro partido mais votado nas últimas eleições, é eleger um vereador para a Câmara de Pombal, algo que escapou aos centristas em 2013.

Sidónio Santos, deputado da assembleia municipal de 37 anos, acredita que o partido vai ser “a grande surpresa” destas autárquicas, considerando que o CDS tem vindo a consolidar a sua posição no espaço político em Pombal, sendo o único partido, para além do PSD, a liderar uma freguesia no concelho.

Fernando Domingues é o candidato da CDU

O presidente da associação de compartes dos baldios do Barrocal, Fernando Domingues, é o cabeça de lista da CDU à liderança da Câmara, tal como em 2013.

O candidato da coligação PCP/PEV é um pequeno empresário e membro da Confederação Nacional de Agricultura, sendo ainda um dos rostos na luta que decorre no Barrocal, onde a população procura impedir uma alegada expansão da exploração de inertes por parte de uma pedreira. Procura reforçar a sua posição na Assembleia Municipal, voltando a eleger um membro e, se possível, a aumentar a representação naquele órgão.

Amílcar Malho avança como independente

O economista Amílcar Malho, de 51 anos, anunciou que avança com uma candidatura independente ao concelho. Natural da freguesia de Abiul sublinha que os projetos que existem “são velhos e incapazes de ir ao encontro do desenvolvimento sustentável de Pombal”.

Amílcar Malho fez carreira na área da gestão de investimento em mercados financeiros em Lisboa e quer utilizar essa experiência para ter uma Câmara mais ativa na captação de investimento. Como propostas, defende a criação de uma incubadora e uma “Escola de Saberes”, em que reformados poderão “passar o seu conhecimento”.

Pascoal Duarte Oliveira é candidato pelo MPT

O MPT – Partido da Terra tem como cabeça de lista Pascoal Duarte Oliveira, que foi convidado pelo partido para ser  candidato. Em declarações à Lusa, Duarte Oliveira sublinhou que as preocupações na campanha vão-se centrar nas aldeias, no ordenamento do território, na falta de pessoas e na emigração.

“Queremos perceber por que razão quem foi embora não voltou e porque é que há emprego e falta de mão-de-obra”, sublinhou Pascoal Duarte Oliveira, técnico de emprego de 46 anos, que considera que “há muito tempo que tem uma linha de pensamento igual” à do partido.

Narciso Mota quer regressar como independente

O ex-presidente da Câmara Narciso Mota ainda tentou ser o candidato do PSD, numa luta interna que durou vários meses. Acabou por decidir avançar como independente e desfiliar-se do partido. Conta com o apoio dos ex-deputados eleitos pelo PSD Rodrigues Marques e Ofélia Moleiro.

O programa prevê muitas obras: uma piscina ao ar livre, uma pista de atletismo descoberta, um parque de campismo na Mata Nacional do Urso, um albergue para peregrinos e um parque industrial. O programa perspetiva ainda a implementação de rotas “PombBusNight”, o ordenamento dos terrenos baldios, a reabilitação da zona histórica e a recuperação e revitalização de algumas aldeias.

PS aposta em Jorge Claro

Tem que se recuar quase um quarto de século para se relembrar a última vez que o PS liderou a Câmara de Pombal. No entanto, o candidato dos socialistas, Jorge Claro, crê que há hoje condições para a situação se alterar.

O vereador que está na oposição tem como expectativa ganhar, sentindo que “as coisas estão a mudar”.  Jorge Claro já trabalhou nos ministérios da Agricultura e da Economia, esteve na direção da Cooperativa Agrícola, na CERCIPOM, na Rádio Cardal e no Mercado Abastecedor de Coimbra.

PSD recandidata Diogo Mateus

A escolha do nome por parte do PSD foi natural: o atual presidente do município. Diogo Mateus, de 47 anos, é formado em Direito e, para além de ter assumido diversas funções na Câmara, foi também presidente da Junta de Pombal e adjunto do Governador Civil de Leiria.

Foi, durante vários anos, membro do executivo liderado por Narciso Mota, tendo chegado a assumir a vice-presidência. Caso vença, será o seu segundo mandato à frente da Câmara. Para as autárquicas, decidiu criar uma plataforma digital para receber propostas para o seu programa de campanha. “Este não é um projeto para um mandato”, disse.


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