Os mitos associados (e ensinados) à História são o ponto de partida para mais uma edição da Comceptcon, a conferência organizada pela COMCEPT – Comunidade Céptica Portuguesa, que em 2017 se realizado no Museu de Leiria, no sábado, dia 11 de novembro.
“Era uma vez… Estórias da História” é o título da conferência, que decorre entre as 10 e as 19 horas deste sábado, na Sala do Capítulo do Museu, que inicia assim o programa de comemorações do centenário.
Após os quatro painéis, será lançado o debate em torno do tema “A História é uma ciência?”, moderado pela responsável pelo Museu de Leiria, Vânia Carvalho.
A participação é gratuita, mas carece de inscrição, que pode ser feita através deste link.
Intervenções
10h30
É uma casa portuguesa, com certeza
Uma viagem pelo património nacional e alguns dos seus mitos é a proposta da intervenção de Leonor Abrantes, guia-intérprete e formada em História e em História e Filosofia de Ciência. Será que a casa é mesmo portuguesa, com certeza?
11h30
Navegadores Intrépidos e Conquistadores Magnânimos
Paulo Pinto, historiador especialista na expansão europeia, falará desta temática, repleta de ideias feitas e muitos mitos. De Vasco da Gama e Cristóvão Colombo, a proposta é para saber um pouco mais destas e de outras personagens mais ou menos mitológicas.
14h30
Fátima – A (des)construção do mito
Doutorado em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra e professor de História em Oliveira do Hospital, Luís Filipe Torgal tem investigado o fenómeno de Fátima e seus mitos. É seu o livro “Fátima – A (des)construção do mito”, que serve de base para a sua intervenção.
15h30
Nem Idade, nem Média
A historiadora e relações públicas, Antonia de Oñate, vem a Leiria falar sobre as idades históricas e mitos a elas associadas. A Idade Média terá sido realmente um período de trevas? O debate está lançado no Museu de Leiria.
Centenário homenageia responsáveis pela concretização do Museu de Leiria
Instalado há dois anos no antigo Convento de Santo Agostinho, o Museu de Leiria inicia este sábado a comemoração do centésimo aniversário. Confuso? Só para quem não conhece a conturbada história do projeto.
“Comemorar o centenário do Museu de Leiria significa homenagear todos aqueles que ao longo de mais de cem anos lutaram para que este Museu fosse uma realidade, que tivesse uma casa digna e que as suas coleções fossem salvaguardadas, estudadas e fruídas por todos”, explica o vereador da Cultura da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes.
A constituição oficial do museu data de 15 de novembro de 1917. Hoje, dois anos após a inauguração, a 15 de novembro, nas atuais instalações, num monumento classificado que se encontrava em ruínas e que foi reabilitado, “há muitos motivos para comemorar”.
“O balanço é muito positivo”, considera o vereador, lembrando os mais de 32 mil visitantes e o papel do museu enquanto “local singular para a realização de múltiplas atividades culturais”, num trabalho reconhecido com múltiplos prémios.
Após o centenário, “importa garantir que, no futuro, os leirienses e restantes visitantes nos continuem a considerar um museu interventivo, ativo socialmente e capaz de surpreender”.
11 de novembro (10h-19h)
“Era uma vez… Estórias da História” é o tema da conferência da comunidade cética nacional. Aberta a todos e com entrada livre, é dedicada à História: Antonia de Oñate falará de idade históricas, Leonor Abrantes desconstruirá mitos. Luís F. Torgal apresenta “Fátima – A (des)construção do mito” e Paulo Sousa Pinto abordará “Navegadores Intrépidos e Conquistadores Magnânimos”.
13 de novembro (9h30-17h)
Jornadas “Além do físico: reflexão sobre as barreiras à participação cultural”. Iniciativa da Acesso Cultura, com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
15 de novembro
Ao longo do dia as entradas são grátis e às 17 horas há visita guiada. À noite, o concerto da Orquetra de Jazz de Leiria com Camané assinala a efeméride no Teatro José Lúcio da Silva.
17 de novembro (21h30)
Conferência “Educação artística para a participação cultural”.
18 de novembro (21h00)
O concerto pelo Coro Ninfas do Lis, com entrada livre, encerra a comemoração.