A reconstrução das 264 casas de habitação permanente afetadas pelo incêndio de 17 de junho, em Pedrógão Grande, deve estar concluída em meados de 2018. A afirmação é da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, que disse à agência Lusa que até ao final deste ano a última casa vai estar em obra.
O território afetado recebeu a visita do primeiro-ministro, António Costa, no passado dia 16, que voltou a ser “mestre-de-obras”, inaugurando mais algumas casas cuja reconstrução foi concluída. Durante a visita, o líder do executivo sublinhou que só um excesso de otimismo poderia levar a crer que todas as casas afetadas estariam recuperadas antes do natal.
No entanto, António Costa sublinhou que, passados seis meses, 70% das casas estão concluídas ou em obra, “o que significa um esforço extraordinário feito por todas as entidades envolvidas”.
Pelo território, os sinais de reconstrução vão sendo sentidos e os apoios vão sendo distribuídos por empresas, famílias com casas afetadas ou agricultores. Porém, há também muita desconfiança em relação ao futuro, críticas na distribuição de ajudas e protestos contra a forma como o processo na agricultura foi conduzido.
Os montes continuam repletos de árvores ardidas, a reflorestação está por arrancar, ainda se encontram alguns carros calcinados e muitas casas ardidas pelo território e, pelos cafés e postos de abastecimento, ainda se pergunta pela estrada 236-1, onde a maioria das pessoas morreram. Apesar disso, o natal foi diferente para cerca de uma centena de famílias, que já o passou na sua casa agora reconstruída.
(Artigo publicado na edição de 21 de dezembro de 2017)
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