Com ou sem pandemia, um disco é sempre um disco. E os Farratuga acabam de lançar o primeiro. Ao fim de quase uma década de existência, a banda de Leiria cumpriu um sonho antigo e editou o primeiro trabalho.
“Depois de tantos anos a tocar, de tanto nos perguntarem se tínhamos algum disco gravado e de tanto nos dizerem que devíamos gravar um disco, achámos que, em 2019, estávamos finalmente preparados para realizar esse desejo”, explica ao REGIÃO DE LEIRIA o saxofonista Arnaud António.
O lançamento, para já apenas nas plataformas digitais, “é muito importante”, sublinha Arnaud, considerando o disco “um dos acontecimento mais importantes” da vida da banda.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>“É o culminar de anos e anos de ensaios, de concertos, de trocas de ideias, de tentar encontrar um rumo e o no nosso som”. Afinal, daquilo que “caracteriza a Farratuga”.
E o que se ouve neste disco? Ao todo são nove temas, entre alguns originais, como “Linius groove”, já conhecido dos fãs, mas também outros adaptados a esta formação, que tanto podem ser o tradicional “A saia da Carolina” como uma surpreendente versão de “Re-tratamento”, dos Da Weasel.
A banda está bastante satisfeita com o resultado. “Conseguimos isso tudo [que pretendíamos], sem dúvida alguma! E a seguir a este disco, virão muitos mais, com certeza!”, afirma Arnaud António.
O lançamento é também motivo para balanço do percurso até aqui. “Tem sido um muito rico, tanto em aprendizagem como em experiência”. Como tudo, realça o saxofonista, houve momentos positivos outros negativos.
“Felizmente os acontecimentos positivos são muito mais do que os negativos”. Um dos pontos marcantes foi o falecimento de um dos elementos, Jaime Pascoal.
“Foi o que mais nos deixou em baixo. Dedicamos este disco, em parte, à sua memória, porque continua sempre connosco”. Hoje, Farratuga são Cláudio Pinheiro Diogo Pedro (trompete), Rui Correia e André Ramalhais (trombone), Miguel Alves (sousafone), Paulo Bernardino (clarinete), João Maneta e Nelson Mendes (percussão), além, claro, de Arnaud António.
Com um disco novo e sem oportunidade de o mostrar ao vivo, como vivem os Farratuga estes tempos? “A farra não se faz, sente-se!”, exclama Arnaud.
“Por mais difíceis ou estranhos que sejam os tempos, conseguimos sempre dar a volta por cima”. Para eles, esta fase é como “um público difícil”. Ou seja, “ao início não nos liga nenhuma mas que no final, estão todos a saltar e gritar connosco. Isso é a farra!”
Quando acabar a emergência e a pandemia passar, os Farratuga prometem voltar aos concertos, para “festejar este evento importantíssimo da nossa vida com o nosso público e mostrar o disco ao mundo”.