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Cantinho dos Bichos

Gosta de escaravelhos? Este desafio é para si

Na sua fase adulta, o vaca-ruiva só pode ser avistado em julho, agosto e setembro. Há associações da região que pedem ajuda para descobrir onde ele anda.

A espécie é conhecida pelas mandíbulas em forma de pinça Foto: Carlos Farinha

Até ao final de setembro, o projeto Vaca Loura, em conjunto com organizações embaixadoras, anda à procura do vaca-ruiva, um escaravelho que só pode ser avistado nos meses do verão.

Na região de Leiria o desafio é lançado pelo grupo Aves da Batalha e pela Associação PATO, das Caldas da Rainha, que pedem ajuda para mapear os locais do distrito onde a espécie vive.

Por isso, se avistar um escaravelho com “tons muito escuros”, entre 3 e 4,5 cm de comprimento e com mandíbulas em forma de pinça, pode estar perante um Lucanus barbarossa (vaca-ruiva).

Para participar no projeto e colaborar no conhecimento da distribuição da espécie pelo país e o seu estado de conservação, basta tirar uma fotografia ao inseto e fazer o registo em www.vacaloura.pt/participar-avistamento/.

O grupo Aves da Batalha explica, em comunicado, que os vaca-ruiva em fase adulta “estão agora a sair cá para fora com o objetivo de se reproduzirem”.

A espécie tem sido observada nos territórios entre Bragança e a Península de Setúbal, mas o Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros é o local com “maior probabilidade de avistamento”, avança a associação.

O escaravelho prefere zonas com azinheiras e carvalhos-cerquinho Foto: Samuel Costa

O projeto Vaca Loura existe desde 2016 e tem incentivado a participação cívica para saber mais sobre os escaravelhos da família Lucanidae, como o vaca-ruiva e o vaca-loura.

O último é “o maior escaravelho” da fauna portuguesa e uma espécie protegida, quase em risco de extinção.

Ao participar na iniciativa, os cidadãos estão a ajudar a compilar e organizar informação sobre a distribuição e estado das populações destes escaravelhos em Portugal.

O projeto de ciência cidadã tem coordenação da Associação Bioliving, em parceria com a Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Sociedade Portuguesa de Entomologia e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

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