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Caldas da Rainha

Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, em Caldas da Rainha, recebe restauro de 500 mil euros

Igreja integra o conjunto termal mandado construir pela Rainha D. Leonor, quando em 1485 fundou o Hospital Termal de Caldas da Rainha

A Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, em Caldas da Rainha, monumento datado do ano 1500, está a ser alvo de obras de conservação e restauro, num investimento de cerca de meio milhão de euros para preservar aquele património termal.

A intervenção prevê a realização de trabalhos ao nível da “estabilização e limpeza da estrutura do edifício, exterior e interior, e também de grande parte dos bens móveis pertencentes à igreja”, informou hoje o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), responsável pelo monumento que integra o património termal das Caldas da Rainha.

Contactado pela agência Lusa, o CHO confirmou que as obras já arrancaram e que englobam ainda o restauro “das esculturas de madeira, altares laterais e altar-mor, tríptico, pia batismal, órgão de tubos e também os bancos da igreja e outro mobiliário”. 

A Direção-Geral de Cultura do Centro “acompanhou todo o processo de levantamento de necessidades e irá acompanhar o decorrer das obras, garantindo a correta intervenção de todos os bens da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo”, garantiu o CHO.

Trata-se de uma intervenção “há muito desejada e que agora é finalmente possível, garantindo desta forma a salvaguarda deste bem patrimonial de indiscutível valor histórico nacional”, uma vez que a igreja é desde 1910 classificada como Monumento Nacional.

A Igreja de Nossa Senhora do Pópulo integra o conjunto termal mandado construir pela Rainha D. Leonor, quando em 1485 fundou o Hospital Termal, que veio dar origem à cidade das Caldas da Rainha.

A nave e a capela-mor da igreja foram concluídas em 1500 e o templo foi elevado a Igreja Matriz em 1510, ano em que foi terminada a torre sineira e instalada a pia batismal. Ao longo dos anos recebeu diversas obras de beneficiação, como a construção do coro-alto (1544-46), a inclusão de elementos decorativos em talha, pinturas e esculturas (entre 1518 e 1750), o revestimento em azulejo (1658-59) e a instalação de um novo órgão, doado por D. João VI, em 1825, e que vai agora também ser recuperado.

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