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Nazaré recebe maternidade de bivalves pioneira no país

Na inauguração, ministro do mar manifestou “o desejo de que o que se está a produzir na Nazaré aumente a capacidade de exportação” do país

imagem com uma caixa de bivalves

Um Centro Biomarinho foi inaugurado no porto da Nazaré num investimento de 2,2 milhões de euros para instalar uma maternidade de bivalves pioneira no país.

O centro, constituído por laboratórios, maternidade de bivalves e zona administrativa, foi inaugurado, ao final da tarde de terça-feira, pelo ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, governante que, citado numa nota de imprensa da autarquia, considera o projeto “um exemplo na introdução de doutorados na produção industrial e comercial”.

Criado pela empresa Oceano Fresco, o centro resulta de um investimento de 2,2 milhões de euros, com um apoio público de 1,1 milhões de euros, que visa contribuir para a produção sustentável de alimentos, produzindo sementes para pré-engorda de espécies autóctones, nomeadamente amêijoa boa e amêijoa “macha”.

Sendo Portugal um dos maiores consumidores de peixe do mundo e dependente da importação de peixe de outros países, o ministro manifestou, durante a inauguração, “o desejo de que o que se está a produzir na Nazaré aumente a capacidade de exportação”, do país.

Conduzido por uma equipa de 20 funcionários, 10 dos quais doutorados ou com mestrado, o centro biomarinho já tinha sido visitado, em julho de 2019, pela então ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que na altura estimou que a construção de uma maternidade de bivalves, no porto da Nazaré, pudesse contribuir para que o setor da aquacultura atinja, no futuro, uma produção de 20 mil toneladas, alargando “a cadeia de valor da aquacultura”.

A maternidade de bivalves produz, em tanques com água do mar da Nazaré, sementes de amêijoa ‘rainha’ e ‘macha’ até ao tamanho de três milímetros, para colmatar os baixos níveis de produção natural destas espécies.

A previsão da empresa apontava para uma produção anual de 200 milhões de sementes de amêijoa e ostras, as quais são depois transferidas para uma área de cultivo em mar aberto, ao largo de Alvor, onde foi instalado um viveiro com capacidade para a engorda de 1.600 toneladas.

A maternidade de bivalves representa um investimento de 3,6 milhões de euros, comparticipados pelo programa MAR2020. Concentra-se na criação de “amêijoa europeia, em decréscimo no meio natural, devido à invasão da amêijoa-japónica e à ação do homem”, refere a nota de imprensa da autarquia.

A Oceano Fresco opera no mercado há seis anos e pretende expandir o Centro Biomarinho e “criar um campus biomarinho e viveiros de engorda em mar aberto”, explicou e o CEO da empresa, Bernardo Carvalho.

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