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Cultura

Faz-se luz sobre a cor na Igreja de São Pedro

Quase 15 anos depois o projeto de António Palmeira foi revelado: na Igreja de São Pedro, em Leiria, exibem-se 43 pintadas por 37 artistas em sessões “pintadas” a vermlho.

Na inauguração, a luz vermelha desligou-se ao fim de meia hora Foto: Fernando Rodrigues

Por um par de horas e nuns quantos metros quadrados, Leiria esqueceu a pandemia e travestiu-se de cidade cosmopolita, como as que são agitadas por exposições criativas e inaugurações concorridas. Motivo: a revelação de uma ideia original do artista António Palmeira, iniciada há quase 15 anos.

De 2007 para cá, a convite de Palmeira, 37 artistas pintaram na Prisão Escola, no Moinho do Papel e na Igreja de S. Pedro sem noção da cor: a luz vermelha que “inundou” essas sessões baralhou a paleta, reduzindo-a a um enigmático conjunto de tons.

O resultado desse exercício foram 43 obras que nunca tinham sido vistas em condições de iluminação normal (nem pelos próprios autores) até à sexta-feira passada. Na Igreja de São Pedro, a exposição “Pintura sob luz vermelha” foi inaugurada com uma premissa: as luzes só mudavam após meia hora; antes disso, público e artistas foram sujeitos à luz vermelha, que transmitiu à igreja um ambiente próximo do de uma discoteca bem disposta.

Com o relógio em contagem decrescente para o encerramento de portas, viram-se pinturas e também as pessoas: ali encontraram-se amigos que não se viam há longo tempo e artistas que recordaram as experiências “patrocinadas” por António Palmeira.

A exposição fica patente até ao fim de junho, sem luz vermelha, mas com pequenas placas de acrílico que simulam o efeito. Depois, as obras vão ser oferecidas a espaços de saúde.

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