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Autárquicas 2021

Há presidentes que querem ficar, outros que querem sair e um que não pode ficar

Nas eleições do outono há candidatos a presidente que já o são e presidentes que não foram candidatos. Há ainda quem mesmo que o pretenda, não pode concorrer para permanecer presidente

Diogo Mateus, presidente em Pombal, apesar de ter condições para disputar a presidência, decidiu não o fazer Foto: Joaquim Dâmaso

Com as eleições autárquicas a espreitarem no horizonte no arranque do outono, há disputas presidenciais para todos os gostos.

Comecemos pela capital de distrito. Em Leiria, apesar de ocupar a presidência de Câmara, Gonçalo Lopes (PS), enfrenta o primeiro ato eleitoral que o pode colocar no cargo. Há quatro anos fez parte da lista socialista que elegeu Raul Castro presidente.

Castro deixou a autarquia e rumou ao parlamento. Gonçalo Lopes ascendeu à presidência, sem nunca ter sido eleito presidente. Agora é candidato do PS ao cargo que já ocupa.

Não muito longe, na Marinha Grande, o cenário é bem diferente: o até recentemente vice-presidente de Câmara eleito pelo PS, Carlos Caetano, vai afinal disputar a presidência nas listas do PSD. A atual presidente, Cidália Ferreira, volta a concorrer pelo PS.

Mais a norte, em Pombal, apesar de poder recandidatar-se ao cargo que ocupa, o presidente Diogo Mateus (PSD) já fez saber que não pretende continuar a liderar os destinos do concelho. O seu antecessor no cargo, Narciso Mota, que segurou a Câmara para o PSD durante décadas, disputou, em 2017, com Diogo Mateus a eleição e este ano será Pedro Pimpão, que já preside a junta de Pombal, a tentar a presidência da Câmara pelos sociais-democratas.

Também em Óbidos, câmara que o PSD lidera, o presidente Humberto Marques, em meados do ano passado, anunciou a intenção de não se recandidatar. Filipe Daniel, líder da concelhia, será o candidato do PSD à sucessão na presidência.

O PSD aposta em soluções de continuidade em várias câmaras que já lidera, como é o caso com Tinta Ferreira (Caldas da Rainha), Paulo Batista Santos (Batalha), Jorge Vala (Porto de Mós) e mesmo com a independente Alda Carvalho, atual presidente de Castanheira de Pera, que foi a escolhida pela estrutura nacional do partido, apesar da oposição local.

Ainda no norte do distrito, João Paulo Guerreiro vai procurar segurar a maioria PSD conseguida por Célia Marques.

Em Alcobaça, a lei que limita os mandatos dos autarcas, impõe que o atual presidente não se recandidate. Paulo Inácio, eleito pelo PSD, não pode continuar sendo o vice-presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, o candidato do partido.

Situação diferente enfrenta Valdemar Alves, presidente em Pedrógão Grande. Primeiro eleito pelo PSD e depois pelo PS, afastou-se da corrida, depois de contestado pela estrutura distrital socialista. Ainda no norte do distrito, mais pacífica é a continuidade na corrida de António José Domingues, presidente de Ansiãoeleito pelo PS. O próprio anunciou em abril que é candidato.

Presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos há dois mandatos, Jorge Abreu, também se propõe cumprir um terceiro e último mandato nas listas do PS. O mesmo sucede com o líder da distrital de Leiria do PS, Walter Chicharro, que é recandidato ao terceiro mandato na Câmara da Nazaré.

Mais a sul, o presidente da Câmara do Bombarral há quatro anos, Ricardo Fernandes ,volta a ser o cabeça de lista dos socialistas em outubro.

O único presidente de Câmara eleito em 2017 numa lista de cidadãos independentes, Henrique Bertino, presidente da Câmara de Peniche, anunciou já esta semana que é novamente candidato, igualmente como independente.

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