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Dança

“Anda, Diana” ou um corpo em revolução no palco do Teatro José Lúcio da Silva

Leiria recebe esta sexta-feira, 6 de maio, o espetáculo em que Diana Niepce explora o processo de reconstrução do corpo depois de uma queda que deixou marcas profundas.

Alípio Padilha

Em 2014, a bailarina, coreógrafa e escritora Diana Niepce caiu de um trapézio e ficou tetraplégica. Mas não desistiu: reinventou-se artisticamente e, de então, criou primeiro o espetáculo de circo contemporâneo “Forgotten fog” e depois as peças de dança “Nude” e “Anda, Diana”. É esta última criação que agora chega a Leiria, através de “Links”, projeto de parcerias do DDD – Festival Dias da Dança, organizado pelos municípios do Porto, Matosinhos e Gaia, e que promove a circulação de obras e artistas pelo país.

Em “Anda, Diana”, a criadora e intérprete quer expor “o que escondemos”. “Não existi quase toda a minha vida por culpa da crença de ter de existir num corpo que não era o meu. Vou parar de pedir desculpa ao policiamento da norma, que destrói tudo o que difere dela própria”, afirma. E acrescenta: “Não sou incompleta. Quero parar esta violação da minha intimidade e ninguém me dirá como ser”, afirma a artista, na sinopse do espetáculo em que retrata a sua própria reconstrução, depois da lesão sofrida. É um diálogo entre lógica e caos, até encontrar o corpo que dança. Bem distante da vitimização, a deficiência é, aqui, combustível para um corpo em revolução.

Para maiores de 16 anos, o espetáculo “Anda, Diana” é apresentado esta sexta-feira, 6 de maio, no Teatro José Lúcio da Silva. Os bilhetes custam 7,5 euros e são limitados a 80 lugares.

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