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Óbidos

Câmara de Óbidos compra convento de São Miguel por 1,1 milhões de euros

O convento tem “condições ímpares para vários projetos municipais, seja na área da museologia, do desenvolvimento comunitário, ou outras áreas, como a do termalismo”

A Câmara de Óbidos vai investir 1,1 milhões de euros na aquisição do Convento de S. Miguel, nas Gaeiras, imóvel que de futuro poderá albergar projetos ligados ao desenvolvimento comunitário, museologia e termalismo, anunciou a autarquia.

Para o presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel (PSD), trata-se de um “património riquíssimo que justifica este investimento, não só para a sua recuperação, como para a sua salvaguarda”, refere uma nota de imprensa.

O convento tem “condições ímpares para vários projetos municipais, seja na área da museologia, do desenvolvimento comunitário, ou outras áreas, como a do termalismo”, que a Câmara pretende explorar no futuro.

Além do investimento inicial, de 1,1 milhões de euros, o município prevê fazer um “forte investimento” na recuperação do convento, atualmente propriedade da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), que integra, além de Óbidos, mais 11 concelhos do Oeste.

O Conselho Intermunicipal do Oeste, reunido em 29 de setembro deste ano, já tinha aceitado a proposta de aquisição do Convento de S. Miguel, mas só na mais recente Assembleia Intermunicipal, realizada na segunda-feira, a alienação foi aprovada por unanimidade.

Segundo Filipe Daniel, a proposta da autarquia de Óbidos era inicialmente de “valor ligeiramente inferior, mas, reconhecendo que a qualidade e potencial do investimento, valerá a pena”, tanto mais que o acordo alcançado permite que o pagamento seja dilatado por um período de 10 anos, numa solução “equilibrada” e que “não coloca em causa outros investimentos necessários para o concelho”.

O Convento de S. Miguel é um edifício do início do século XVII e possui a construção típica de um convento franciscano.

Em 1994, a então Associação de Municípios do Oeste adquiriu o edifício e, quatro anos depois, deu início a obras de recuperação e restauro, numa empreitada em que todo o espaço foi alvo de uma profunda recuperação, concretizada até ao ano de 2001.

Depois de durante alguns anos ter sido sede da empresa Águas do Oeste, entre 2009 e 2015, o convento foi utilizado como espaço de incubação, com capacidade para 10 empresas, no âmbito do lançamento da estratégia da Obitec – Associação Óbidos Ciência e Tecnologia, que nasce também em 2009. Em 2015, com a conclusão dos edifícios centrais do Parque Tecnológico de Óbidos, a sede da Obitec mudou e o convento deixou a função de incubadora.

O imóvel tem sido igualmente palco, ao longo dos anos, de diversas iniciativas locais, nomeadamente a grande exposição de presépios das Gaeiras, que este ano volta a estar patente no convento, e também várias iniciativas escolares promovidas pelas escolas de Óbidos.

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