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Cultura

Leiria dedica mais de 300 metros quadrados para arte contemporânea na nova Villa Portela

Futuro Centro de Artes Villa Portela deve ficar concluído no final do ano e entrar em funcionamento no início de 2024.

O presidente da Câmara de Leiria visitou esta sexta-feira, 17 de fevereiro, as obras do futuro Centro de Artes Villa Portela

O Centro de Artes Villa Portela, atualmente em construção no centro de Leiria, vai dedicar mais de 300 metros quadrados para exposições de arte contemporânea, avançou hoje o município.

O novo espaço cultural que está a nascer num chalé construído para habitação particular no século XIX deve ficar pronto no final do ano, apontando a Câmara de Leiria para que abra ao público no início de 2024.

Hoje, numa visita às obras, o presidente do município explicou que o centro de artes ficará “essencialmente ligado à arte contemporânea”. Nos três pisos do edifício estão a ser criadas 15 salas, uma biblioteca e um espaço para media arte que totalizam 334,5 metros quadrados para exposições.

“Temos o Museu de Leiria mais dedicado à história e a exposições direcionadas para a história de Leiria, como foi a ‘Plasticidade’ e agora a que é dedicada a Jorge Estrela. Este espaço será mais vocacionado para exposições de arte contemporânea”, sublinhou Gonçalo Lopes. 

A par disso, o Centro de Artes Villa Portela – cujo conjunto do edificado vai ter cerca de dois mil metros quadrados – contará também com um espaço de residências artísticas nas antigas cavalariças da propriedade, onde vão funcionar vários ateliês.

“Daí poderão resultar exposições temporárias” e o município conta receber “outras exposições que possam vir a itinerar no contexto nacional, seja com o apoio do Ministério da Cultura ou de outros museus de arte contemporânea”. 

Gonçalo Lopes revelou que conversou sobre o assunto com Pedro Adão e Silva no início desta semana, aquando a visita do ministro da Cultura a Leiria para assinatura do protocolo para criação de um programa de interpretação e comunicação para o vale do Lapedo:

“Tivemos conversas para que este espaço seja uma zona de referência para as coleções de arte contemporânea que o país tem, nomeadamente a coleção de arte do Estado. Em princípio será um dos parceiros na dinamização destes espaços, numa lógica de curadoria própria da câmara ou com a alguém a contratar”. 

As áreas expositivas serão também dedicadas à coleção municipal de arte contemporânea e à obra de artistas locais, acrescentou.

Ao chalé será acrescentada uma cafetaria que dialoga com o jardim, uma área com 17 mil metros quadrados. 

Em vários espaços desse espaço verde está em construção uma zona multifunção, um parque infantil, um palco ao ar livre junto ao lago, um miradouro para o Castelo de Leiria e áreas de circulação. Serão ainda plantadas duas cortinas arbóreas nos limites da propriedade.

“No exterior será possível fazer performances na área da dança e do teatro”, avançou o autarca, que antecipa para os jardins “muita procura e muito sucesso”: 

“É um espaço verde novo, que a cidade não conhece”.

Inicialmente prevista para outro, a conclusão da construção está ligeiramente atrasada, revelou o vereador com o pelouro das Obras Municipais:

“A estimativa atual é novembro deste ano, quando era outubro. Aquando da intervenção deparámos com algumas situações que implicaram rever alguns projetos. Julgamos que [estará pronta] até ao fim do ano”.

A Villa Portela foi adquirida pela Câmara de Leiria em 2017 e está classificada como Monumento de Interesse Municipal. O investimento estimado para a concretização do centro de artes ascende a 2,8 milhões de euros, verba que a autarquia admitiu hoje que terá de ser revisto, em valor ainda por apurar, tendo em conta a subida do preço dos materiais de construção.

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