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Sociedade

Presidente da República lamenta morte de gestor Alexandre Patrício Gouveia

Gestor liderou a Fundação Batalha de Aljubarrota e morreu hoje, aos 70 anos

Alexandre Patrício Gouveia liderou a Fundação Batalha de Aljubarrota e morreu hoje, aos 70 anos, vítima de doença Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do gestor Alexandre Patrício Gouveia e destacou o seu trabalho como presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota.

Alexandre Patrício Gouveia, antigo adjunto para os Assuntos Económicos no gabinete do primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, morreu hoje, aos 70 anos, vítima de doença.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado considera que “Alexandre Patrício Gouveia transformou em causa da sua vida a identidade histórica e cultural de Portugal”, referindo que foi “inspirador e presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, que, para além do centro interpretativo da batalha, tem desenvolvido relevantes atividades culturais e educativas”.

“No dia que nos deixa e relembrando uma velha e grande amizade, o Presidente da República apresenta à família os mais sinceros sentimentos”, acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou a morte de Alexandre Patrício Gouveia através da rede social Twitter, numa nota em que elogia o seu trabalho como presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota.

“Teve um papel importante na classificação dos campos de batalha e na preservação e divulgação do património cultural associado a estes espaços. Grande dinamizador do Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota, Alexandre Patrício Gouveia foi sempre um defensor abnegado da divulgação da História de Portugal”, lê-se no texto.

O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, também manifestou pesar pela morte de Alexandre Patrício Gouveia na sua conta no Twitter, onde escreveu: “Um bom amigo e um cidadão excecional que sempre lutou por um Portugal melhor. Descansa em paz Alexandre. Vamos sentir a tua falta”.

Num comunicado entretanto divulgado, o PSD manifestou “profundo pesar” pela morte de Alexandre Patrício Gouveia e enalteceu o seu “percurso dedicado à vida pública”, pelo qual expressou “a mais sentida gratidão”.

Referindo que Alexandre Patrício Gouveia foi dirigente social-democrata, o PSD salientou a sua participação em gabinetes governamentais, o seu trabalho na Fundação Batalha de Aljubarrota e a sua dedicação “a aprofundar o que se passou no trágico acidente de Camarate”.

A sua “memória permanecerá de forma indelével em todos”, lê-se no comunicado.

Também a Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social manifestou “profundo pesar e consternação” pela morte de um dos seus sócios e dirigente, lembrando Alexandre Patrício Gouveia como “um homem corajoso nas suas convicções”.

Formado em gestão de empresas, Alexandre Patrício Gouveia foi adjunto para os Assuntos Económicos no Gabinete do primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão entre 1981 e 1983 e adjunto do gabinete do ministro do Comércio e Turismo Álvaro Barreto entre 1983 e 1984.

Era irmão de Teresa Patrício Gouveia, antiga ministra do Ambiente e dos Negócios Estrangeiros, e de António Patrício Gouveia, que morreu com Francisco Sá Carneiro em Camarate.

Alexandre Patrício Gouveia dedicou parte da vida a investigar as circunstâncias do desastre aéreo de 04 de dezembro de 1980, sobre o qual escreveu um livro, intitulado “Os Mandantes do Atentado de Camarate – O envolvimento americano”.

Presidia há mais de 20 anos ao conselho de administração da Fundação Batalha de Aljubarrota, constituída para recuperar e valorizar os respetivos campos de batalha.

Foi um dos dois portadores da relíquia de Nuno Álvares Pereira na cerimónia da sua canonização no Vaticano, em 2009. Escreveu também o livro “D. Nuno Álvares Pereira – O início da crise de 1383-1385 e a Batalha dos Atoleiros”.

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