O ciclista António Morgado, de Caldas da Rainha, foi hoje o segundo classificado na segunda etapa do Grande Prémio das Nações, que ligou Hatvan e Bükkszentkeresz, na Hungria, ao longo de 152 quilómetros.
A etapa desta quinta-feira foi ganha pelo ciclista britânico Lukas Neurkar e serviu de primeiro teste aos candidatos à geral, devido à montanha na fase final.
Três fugitivos, entre eles o português Afonso Eulálio, que deu um ar da sua graça, mantendo-se em cabeça de corrida quase até ao início da última montanha, depois de ter deixado para trás o cazaquistanês Nicolas Vinokurov e o suíço Elia Blum.
O pelotão não esteve, no entanto, pelos ajustes e apanhou os “fugitivos”, não permitindo a Afonso Eulálio sonhar com o triunfo.
Na última subida, os italianos impuseram o ritmo, mas não conseguiram dominar e foi Lukas Nerurkar quem se impôs. António Morgado discutiu o triunfo ao sprint mas acabou por ser segundo. O austríaco Alexander Hajek fechou o pódio.
LUKAS NERUKAR! 🇬🇧🔥🚴🏼♂️#ORLEN @PKN_ORLEN @TeamORLEN pic.twitter.com/1vfPOg6rLF
— ORLEN Nations Grand Prix (@OrlenGrandPrix) May 25, 2023
Ontem, quarta-feira, António Morgado foi 9.º a cortar a meta e o melhor elemento da seleção nacional portuguesa na primeira etapa do Grande Prémio das Nações, entre Kaposvar e Balatonföldvar.
Os sub23 nacionais competem até dia 28 de maio, no GP das Nações, prova que decorre em três países, Hungria, Eslováquia e Polónia, e que é pontuável para a Taça das Nações desta categoria etária.
É uma prova desenhada para trepadores, sobretudo nas primeiras três etapas. A corrida arranca com duas etapas na Hungria, seguindo-se uma tirada na Eslováquia e fechando com duas jornadas na Polónia.
Amanhã, terceiro dia, o pelotão irá pedalar na Eslováquia, ao longo de 124 quilómetros, entre Levoca e Strbske Pleso. Será uma chegada em montanha, acima dos 1.300 metros de altitude, no topo de uma subida extensa.
Os dias finais serão passados na Polónia. A quarta etapa, com 129 quilómetros, arranca de Bukovina Resort e termina em Nowy Sacz. É mais uma etapa em carrossel, mas sem final em alto. A última etapa, com 145 quilómetros, parte de Sanok para finalizar em Arlamów. Numa jornada de permanente sobe e desce, a meta está colocada em subida.
João Almeida cai para o terceiro lugar
A poucos dias de acabar a edição de 2023 da Volta a Itália, outro caldense, João Almeida sofreu para ficar na frente da corrida.
Numa primeira fase descolou dos principais adversários numa subida que não se adequava às caraterísticas do ciclista, pela inclinação muito elevada, mas manteve os adversários Geraint Thomas e Primoz Roglic no campo de visão, limitando as perdas a 21 segundos.
Ainda assim, o esforço não evitou a queda para o terceiro lugar da geral, a 39 segundos do camisola rosa, Geraint Thomas.
Em contrapartida, João Almeida reforçou o estatuto de melhor jovem e está cada vez mais distanciado dos ciclistas que estão fora dos lugares de pódio.
A etapa foi ganha, em fuga, por Filippo Zana.
