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Saúde

PS chumba comparticipação total a bombas de insulina de última geração

Programa arranca este ano, estimando-se em cerca de 15 mil os doentes que poderão beneficiar destes sistemas

O PS chumbou no Parlamento a comparticipação total de sistemas híbridos de perfusão subcutânea contínua de insulina, que tinha por objetivo aumentar a qualidade de vida das pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM1).

A bancada da maioria socialista votou contra os textos do Bloco de Esquerda (BE) e do PCP, na passada sexta-feira, depois de, na quarta-feira, 31 de maio, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, ter anunciado a criação do programa universal para ser aplicado até 2026, noticia a agência Lusa.

O plano para tratamento com bombas de insulina de última geração para portadores de DM1 vai começar ainda este ano e resulta do trabalho desenvolvido por um grupo que estimou a existência de cerca de 30.000 pessoas afetadas pela doença em Portugal. Metade terão indicação para tratamento por sistemas automáticos de perfusão.

No debate de quinta-feira, vários partidos pediram rapidez na implementação do programa para tratamento com bombas de insulina de última geração para 15 mil pessoas com diabetes tipo 1, com o BE a deixar críticas “às conveniências do Governo”.

Em 14 de novembro de 2022, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) entregou uma petição pública com cerca de 24 mil assinaturas, para reclamar o acesso de crianças e jovens com DM1 a sistemas híbridos de perfusão subcutânea contínua de insulina em todos os centros de tratamentos do país.

4.170

Nos últimos 12 anos, foram colocadas em Portugal 4.710 bombas de perfusão subcutânea de insulina. Dos 28 centros de tratamento reconhecidos, 27 funcionam em hospitais do SNS e um na APDP, também com financiamento público

Para o presidente da APDP, José Manuel Boavida, a disponibilização destes dispositivos a todas as pessoas – entre as quais cerca de cinco mil crianças e jovens – que poderão beneficiar deles “é uma questão de humanismo e de respeito”.

Ainda na quarta-feira, a APDP saudou o programa para acesso universal a bombas de insulina de última geração anunciado pelo Governo, mas alertou que essa resposta tem de ser mais ágil e imediata. “Esta é uma notícia fantástica, mas a verdade é que as pessoas não podem esperar mais”, adiantou o responsável num comunicado citado pela Lusa.

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