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Cultura

Festival Acaso aposta na diversidade em nome da provocação intelectual

O festival arranca sexta-feira, com a estreia de “Agripina, a menor”. Até dia 29 de outubro há 21 propostas em Leiria, Batalha e Marinha Grande.

Choro, samba, forró, jazz, bossa e erudito juntos num concerto do Acaso, quarta-feira, dia 4 (21h30), no Espaço O Nariz, com Rairton Lima (bandolim, na foto) e Arthur Vinícius (guitarra). Entrada : 5 euros

“Agripina, a menor” abre, esta sexta-feira (dia 29, 21h30, 7,5 euros), no palco do Teatro Miguel Franco, em Leiria, o 28º festival Acaso. É uma edição caracterizada pela diversidade, inclusão e inovação, que propõe, até 29 de outubro, 21 espetáculos a Leiria, mas a programação estende-se também à Batalha e à Marinha Grande.

Além de companhias nacionais, o festival faz-se também com a arte e o virtuosismo de artistas da Argentina, Brasil, Chile, Espanha, França, Israel, Itália e Reino Unido. Além de muitas formas de teatro (entre elas, marionetas, gesto, sombras, sem palavras), há ainda dança, música, performance e cinema num Acaso que procura reinventar-se, assume a organização. Apostando em parcerias e grupos internacionais, o festival d’“O Nariz – Teatro de Grupo” quer afirmar-se como alternativa, mostrando “aquilo que mais ninguém traz e internacionalizar cada vez mais”.

“Há cada vez mais festivais em Leiria e aqui à volta e os grupos com quem costumávamos trabalhar estão a passar por esses sítios, nos festivais ou na programação da Rede Portuguesa de Teatros e Cineteatros. Não faz sentido nenhum estarmos a trabalhar para ‘chover em cima do molhado’”, defende Pedro Oliveira, do grupo de teatro de Leiria.

Até ao fim do mês, prometem-se espetáculos que “saem um pouco dos cânones e dos parâmetros habituais do teatro”, numa oferta caracterizada por “uma certa provocação a nível intelectual”. “Queremos tornar o Acaso mais forte, com outro tipo de leitura do próprio festival. Isso interessa-nos profundamente, não para ser diferente dos outros, mas é para fazer diferente dos outros”, reforça Pedro Oliveira.

Depois da abertura com o monólogo de Isabel Muñoz Cardoso nesta sexta-feira, “O Nariz” abre portas do seu espaço à música de assinatura brasileira de Rairton Lima e Arthur Vinícius, para um concerto na quarta-feira, dia 4.

Um dos grandes destaques do festival chega no fim de semana seguinte, com uma programação especial pensada para famílias, entre sexta e domingo, de 6 a 8 de outubro. Pelo Mercado Santana e Teatro Miguel Franco, vão passar criações de Arriba las Hu! Manos (Chile e Argentina), Drew Colby (Reino Unido), Jacopo Tealdi (Itália), Arawake (Espanha), Os Náufragos Teatro (Espanha), Surprise Effect (França) e companhia Marimbondo.

O Acaso completa-se até ao final de outubro com espetáculos de “A Barraca”, Teatro Consentido (Espanha), Kulu Orr (Israel), Particulares Elementares, nos, Teatro Extremo, Teatro Nacional 21, companhia LAMA, o filme “Piedade”, do brasileiro Cláudio Assis, e a estreia de “O mister da estrada de Sintra”, novo filme de António Cova e do coletivo Fulo HD. O micro-festival “O Portão” encerra o festival no dia 29 de outubro.

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