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Sociedade

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza assinalado no distrito de Leiria com mais de dez atividades

A efeméride é assinalada a 17 de outubro, mas as atividades comemorativas estendem-se entre 16 e 24 de outubro. Consulte aqui o programa do distrito de Leiria.

Para homenagear as vítimas da pobreza, fome, violência e medo, é comemorado anualmente, a 17 de outubro, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

À semelhança de anos anteriores, a EAPN Portugal (Rede Europeia Anti-Pobreza/ Portugal) organiza este ano diversas atividades com parceiros locais, que contribuem para a sensibilização da temática e apelam à participação e ao ativismo, envolvendo diferentes áreas e setores da sociedade civil e abrangendo todos os públicos, em particular as pessoas em situação de pobreza e exclusão social.

No distrito de Leiria, estão previstas mais de dez atividades, entre tertúlias, visualização de documentários, exposições, apresentação de livros e atividades intergeracionais. As comemorações decorrem entre 16 e 24 de outubro. Mais informações aqui.

Consulte o programa em baixo:

16 outubro

  • Tertúlia com as várias respostas sociais Centro de Dia, ERPI e Serviço de Apoio Domiciliário acerca da pobreza, nas instalações da Amitei.

17 outubro

  • Lançamento do vídeo “Poesia pela erradicação da pobreza” – uma iniciativa realizada pela InPulsar com utentes, técnicos e direção a declamar o poema “O estudante alsaciano” – transmissão via Facebook na página da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria;
  • Atribuição dos prémios e abertura da exposição de fotografia “Olhar pela inclusão”, no Café Concerto do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. O concurso é aberto à população em geral e tem como objetivo sensibilizar a população para a compreensão dos fenómenos da pobreza e da exclusão social enquanto violações de Direitos Humanos. Serão expostas as 30 melhores fotografias a concurso;
  • Projeção do documentário “Desencontros”, de Pedro Neves, nas escolas secundárias do concelho de Leiria;
  • Visualização do documentário da EAPN Portugal no Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria;
  • “Mãos contra a pobreza” – Pintura das mãos dos alunos num lençol gigante, leitura de um manifesto e recolha de bens alimentares no Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria.

18 de outubro

  • Projeção do documentário “Despir os Preconceitos, Vestir a Inclusão”, de Luís Marques da Cruz, e momento de debate na ESECS;
  • Apresentação dos livros infantojuvenis da Coleção “Despir os Preconceitos, Vestir a Inclusão” da EAPN Portugal, também na ESECS.

19 de outubro

  • Criação de uma canção e do respetivo vídeo, com base no fenómeno da exclusão social – nas instalações da Amitei;
  • Apresentação do documentário “Há pão para tod@s” e momento de debate – no auditório municipal de Ansião pelas 15 horas;
  • Projeção do documentário “Eu sou”, de Bruno Moreira e Filipe Gaspar, seguido de debate, na ESECS, em Leiria.

21 de outubro

  • Apresentação dos livros infantojuvenis da coleção “Despir os preconceitos, vestir a inclusão” da EAPN Portugal, com a participação do coordenador editorial e dos autores, na biblioteca municipal da Marinha Grande às 15 horas (atividade aberta à comunidade e aos alunos de 5.º e 6.º ano de escolaridade);
    A atividade repete-se no dia 23 de outubro, na biblioteca do Agrupamento de Escolas dos Marrazes, pelas 17h30.

23 de outubro

  • Atividade intergeracional com os utentes de ERPI e alunos do ensino básico do 1.º ciclo, dinamizada por Patrícia Martins, animadora e mediadora cultural, no Centro Escolar da Barreira, pelas 14 horas;

24 de outubro

  • Tertúlia com profissionais que trabalham em contacto direto com pessoas em situação de pobreza e exposição fotográfica “A pobreza não tem cor”, na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Leiria;
  • Cordão humano na praça Stephens, na Marinha Grande, destinado ao apoio de grupos com atividades artísticas;
  • Apresentação do teatro infantil “Todos somos um”, no Centro Cultural de Ansião.


Secção de comentários

  • VP disse:

    12 de dezembro de 2021: Presidente da Câmara de Pombal que quer mais ações governamentais para facilitar as coisas
    17 de Outubro de 2022: Pacote de “pack para tod@s” durante a semana de combates em Leiria
    19 de junho de 2023: Causas e consequências do debate de hoje nas chuvas quentes
    10 de outubro de 2023: Dia Internacional da Erradicação da Pobreza no distrito de Leiria com mais atividades
    Quem sabe se estas manifestações suscitaram o mesmo interesse dos cidadãos que a LSR, mas sobretudo quem sabe se a sucessão de muitas manifestações com o objectivo ambicioso de eliminar a pobreza trouxe alguns resultados… É claro que lidar com a pobreza” certamente constitui um tema ambicioso, especialmente devido à amplitude do material disponível. Permita-me abrir um parêntese. Em Itália, por exemplo, gostariam de elevar as pensões mínimas para 1000 euros por mês, aumentando assim também as pensões daqueles que não pagaram contribuições suficientes para esse valor.
    Isto que se apresenta como um objectivo nobre deveria dar crédito à Política, não fosse o facto de a maioria dos reformados que trabalham e pagam contribuições há 40 anos receberem pensões de pouco mais de mil euros, então o que fazemos? Claro que viver com 5/6 centenas de euros por mês é difícil, mas garanto-vos que é ainda mais difícil receber 1200 euros por mês de pensão depois de uma vida inteira de trabalho e pensar que o teu vizinho “pobre” recebe mil, tendo trabalhavam pouco e talvez sem pagar contribuições, quaisquer que fossem os motivos. Não terminou aqui. Dada a forte inflação de 2022, em Itália ajustaram as pensões mínimas para 120% da taxa de inflação e esta também seria uma operação meritória, não fosse o facto de o sistema adoptado não ter despertado grande entusiasmo também porque envolveu reduzindo severamente o ajustamento à inflação das pensões médias/altas, as da classe média, por assim dizer, em favor das mínimas. Populismo? Demagogia? Chame do que quiser, mas a única coisa certa é que não é nada bom. Se pusermos as mãos nos bolsos de alguns cidadãos, apenas obtemos o resultado de criar descontentamento e sublinhar ainda mais as diferenças entre eles, rotulando-os como uma falha e não como resultado de empenho e trabalho árduo.
    Estes foram os relatos italianos, mas temo que quando se abordam determinados temas as fronteiras não funcionem como filtro e a demagogia consiga expatriar mesmo sem documentos. Não acredito que a guerra contra a “Pobreza” seja uma guerra que possa ser vencida, antes de mais porque 8 mil milhões de pessoas são um grande número para vestir, alimentar, abrigar do frio ou do calor. Em segundo lugar porque, como seres pensantes, tendemos a ser impelidos a melhorar a nossa condição, e a parte que “não sente o empurrão” está destinada a ficar para trás. Portanto comer menos, cobrir pouco, mal protegido do frio ou do calor. Bonito? Feio? Não sei, mas a conversa certamente não resolverá um problema que simplesmente não pode ser resolvido. Aqueles que possuem não partilham e deveriam fazer-nos reflectir que os ricos da terra, hoje mestres do pensamento da sociedade “Acordada”, falam e alimentam os “argumentos certos” mas possuem centenas de milhares de milhões de dólares dos quais só partilham o que eles podem se livrar dos impostos. No entanto, espero que esta semana de “erradicação da pobreza” possa resolver os problemas de alguém, mesmo que, temo, poucos estejam presentes, porque conversar com o estômago vazio dá origem à acidez.

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