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Saúde

Final do ano com urgências condicionadas em Leiria e Caldas da Rainha

Falta de recursos médicos afeta urgências de Ginecologia e Obstetrícia e de Pediatria, bem como a resposta em Cirurgia Geral e Via Verde Coronária. Com o novo ano, a situação deverá normalizar, prevê a direção executiva do SNS.

Em caso de doença aguda, utentes devem ligar previamente para o SNS24, e, nas situações urgentes, para o 112, recomenda a tutela Foto de arquivo

As urgências do Hospital de Santo André, em Leiria, voltam a estar condicionadas no final do ano por falta de recursos médicos.

Segundo informação avançada pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE SNS), a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o bloco de partos voltam a encerrar esta segunda-feira à noite, dia de Natal, até às 9 horas de amanhã, terça-feira.

O serviço irá funcionar sem constrangimentos durante 48 horas, para fechar de novo portas ao exterior entre as 9 horas de quinta-feira, 28 de dezembro, e as 9 horas de segunda-feira, dia 1 de janeiro.

A urgência Pediátrica, que tem fechado portas aos domingos nas últimas semanas, deverá estar também encerrada no último dia do ano, durante 24 horas, entre as 9 horas do dia 31 e as 9 horas do dia 1 de janeiro.

A resposta por parte da Cirurgia na urgência ficará também limitada para o exterior a partir das 8 horas de sexta-feira, 29 de dezembro, e as 8 horas de segunda-feira.

A Via Verde Coronária será também afetada, não havendo cardiologistas em número suficiente para garantir a urgência no final do ano, entre as 9 horas de domingo e as 9 horas de segunda-feira.

Nestas especialidades, será, no entanto, garantido o apoio ao internamento e à urgência interna.

A DE SNS indica como unidade alternativa de referência o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), enquanto o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) recomenda o recurso, em situações urgentes de Ginecologia/Obstetrícia, às maternidades Dr. Bissaya Barreto ou Dr. Daniel de Matos, e, no caso da Pediatra, ao Hospital Pediátrico de Coimbra.

Hospitais de Caldas da Rainha e de Peniche

Já no Hospital de Caldas da Rainha, a urgência Ginecológica/Obstétrica e o bloco de partos encontram-se encerrados desde as 9 horas desta segunda-feira, situação que irá prolongar-se até sábado à noite, indica a DE SNS em comunicado.

Em alternativa, as utentes podem recorrer ao hospital de Santarém, ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central ou ao CHUC. 

A urgência pediátrica que se encontra encerrada até amanhã de manhã, terça-feira, estará também fechada no sábado, 30 de dezembro, assim como a resposta em Cirurgia Geral, indica o plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS para esta semana.

Picos de procura devido às infeções respiratórias

A direção executiva reconhece também que a pressão das infeções respiratórias, devido à sua sazonalidade e às temperaturas mais baixas que estão a ocorrer, traz desafios em termos de doença aguda, com impacto não apenas nos serviços de urgência, mas também nos internamentos.

“Têm existido picos de procura, que pontualmente se traduzem necessariamente em tempos de espera mais demorados, e que são conhecidos, mas em termos comparativos com anos anteriores, mais uma vez esta semana, quando comparada com a homóloga de 2022, estes têm sido de menor valor”, adianta.

A deliberação salienta que os utentes devem, sempre que possível, em caso de doença aguda, ligar previamente para o SNS24 (808 24 24 24) e cumprir com as orientações recebidas. Nas situações de urgência ou emergência deverão contactar o 112, que encaminhará a chamada para o INEM.

“Normalização a partir de janeiro”

No total, e a nível nacional, apenas 45 unidades com urgências, correspondentes a 54%, estarão a funcionar em pleno na última semana deste ano, refere o mesmo plano, que prevê uma “normalização genérica” desses serviços a partir de janeiro.

O documento reconhece que o período de Natal “caracteriza-se tradicionalmente por limitações adicionais” nas urgências, devido à indisponibilidade dos profissionais, este ano também por causa da recusa em cumprirem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais previstas por lei, mas “especialmente pela ausência de compromisso e responsabilidade dos prestadores de serviço”.

“Com o início do próximo ano e a renovação da disponibilidade dos profissionais para realização de trabalho suplementar, antevê-se uma normalização genérica do funcionamento dos serviços de urgência”, refere a DE SNS.

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