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Cultura

Inês Machado: “Tenciono mostrar que o órgão é muito aberto a todo o tipo de música”

Natural de Fátima, a organista e professora de órgão no Conservatório de Música e Artes do Centro lança no domingo, dia 26 (16h), no órgão de tubos da Sé de Leiria, o livro “Harmonia na quinta”

Como surge “Harmonia na quinta”?
É o meu segundo livro, depois de “A Aldeia do Dó Mi Sol”. Surge com o mesmo objetivo: divulgar o órgão através de canções tradicionais portuguesas que, infelizmente, as crianças hoje já não conhecem muito bem. Esta é uma história infantil em que, pelo meio, vão surgindo as canções tradicionais de acordo com a narrativa – apresentadas numa pen que acompanha o livro. Para as crianças que não conhecem, o objetivo é conhecerem o órgão; para as que já estão inseridas no meio, com as músicas tradicionais desenvolvo algumas técnicas de improvisação muito fáceis, que os alunos conseguem aplicar.

Que cancioneiro está no livro?
Por exemplo, “Todos os patinhos”, “As pombinhas da Catrina”, “A quinta do tio Manel”, “Joana come a papa”, e outras, tudo interpretado ao órgão.

O órgão é, hoje, desconhecido para muitas crianças…
Sim. Por um lado, nem toda a gente vai às celebrações religiosa e, por outro, nem todas as igrejas têm órgãos de tubos. Felizmente, hoje há muitos festivais de órgão e sobretudo os adultos têm algum conhecimento. Mas não levam as crianças, porque esses concertos são um bocadinho longos e o repertório é mais exigente. Esta é uma forma de chamar as crianças a concertos de órgão, de uma forma mais lúdica e didática.

Como reagem as crianças a um instrumento como o órgão?
Adoram, sobretudo a parte dos pés. Adoram ver o organista tocar com os pés, coisa que mais nenhum instrumento faz.

O que espera com este livro?
Captar público, sobretudo infantil, para começarem a aprender órgão e, entre aqueles que já aprendem, que experimentem novas coisas no instrumento.

Há uma nova relação dos intérpretes com o órgão?
Sim, antigamente as pessoas associavam-no só à música litúrgica. Mas felizmente hoje os organistas já têm mente mais aberta e tocam coisas diferentes com o instrumento. O mundo está diferente e dá para tocar tudo no órgão. Com o livro tenciono mostrar que o órgão é muito aberto a todo o tipo de música.

O que vai acontecer na apresentação, na Sé de Leiria?
É a oportunidade de assistir ao vivo à apresentação da história, com uma narradora, imagens e, ao mesmo tempo, eu estarei a tocar.

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