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Música

Maior órgão do país reforça segunda edição do Ciclo de Órgão de Leiria

A segunda edição do evento arranca a 2 de março e prolonga-se até ao dia 10.

Órgão da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima Foto: Santuário de Fátima

O organista belga Luc Ponnet vai tocar no órgão da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no concelho de Ourém, num dos concertos do II Ciclo de Órgão de Leiria, que decorre entre 2 e 10 de março.

O concerto naquele instrumento, o maior do país, com mais de 6.500 tubos e cinco teclados, é um dos destaques desta segunda edição, explicou à agência Lusa a diretora artística do ciclo, Rute Martins.

A iniciativa do Orfeão de Leiria internacionaliza-se este ano, com a atuação de Luc Ponnet, belga que “está ligado ao grupo de organistas responsáveis pelos órgãos históricos da Europa, o ECHO [European Cities of Historical Organs]”.

“A internacionalização era uma ambição e conseguimos agora”, com um espetáculo que “alarga também a programação no território, chegando ao Santuário de Fátima”, destacou.

Segundo Rute Martins, a primeira edição, no ano passado, “surpreendeu bastante”, pela afluência registada nos três espetáculos realizados.

“Há muitos anos que não tínhamos concertos de órgão em Leiria”, mas o ciclo de 2023 teve “forte adesão por parte do público, sempre com casa cheia, alguns com 150 pessoas, outros mais” e, por isso, este ano o ciclo foi alargado, com cinco concertos, em vez de três.

A par do crescimento do programa, da extensão a Fátima e do concerto com um músico estrangeiro, outro dos destaques é o espetáculo com um harmónio Celésta-Mustel: “É um harmónio especial, com um som muito, muito doce”, que permitirá ouvir “música francesa e alemã do século XIX”.

O Ciclo de Órgão de Leiria surge porque “é importante manter estes instrumentos na região, não os deixar cair como se não existissem” e, este ano, aposta num “programa bastante diversificado, com peças muito variadas”.

“Tanto vai para a música mais contemporânea, com as peças, por exemplo, do organista que vai a Fátima, como temos música mais antiga, por exemplo. É um programa bastante variado e acho que vai ser bem aceite pelo público”, concluiu.

O II Ciclo de Órgão de Leiria começa a 2 de março, assumindo-se como um lançamento do 42.º Festival Música em Leiria, também uma organização do Orfeão de Leiria.

No primeiro concerto, António Duarte toca “Música para tecla dos séculos XVI a XVIII” no órgão Fontanes – construído originalmente em 1812 – do Santuário de Nossa Senhora da Encarnação, em Leiria.

No dia 3 de março, o belga Luc Ponnet apresenta “A versatilidade do órgão” na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no concelho de Ourém, distrito de Santarém, onde mora o maior órgão nacional, originalmente um Rufatti, de 1952, restaurado em 2016 pela firma Mascionni, também de Itália.

De volta a Leiria, no dia 8 de março, a soprano Manuela Moniz e o organista João Santos, num harmónio Celésta-Mustel – de 1898 -, levam à Igreja de São Francisco “Inspirando ar, expirando música II”.

“Música no feminino” é o mote para o encontro entre o coro Ninfas do Lis e a organista e diretora artística do ciclo, Rute Martins, que tocará o órgão Rufatti da Igreja do Seminário Diocesano de Leiria.

A segunda edição do ciclo encerra com “Uma viagem pela Europa”, comandada por José Carlos Oliveira no órgão Heinz da Sé de Leiria, no dia 10 de março.

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