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Saúde

Psicólogos propõem restrição do acesso a meios usados para o suicídio

A criação de mecanismos de segurança em locais públicos de risco é outra medida sugerida pela Ordem, que defende a criação de uma estratégia nacional de prevenção.

O mês de setembro é dedicado à prevenção do suicídio

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) propôs na segunda-feira, véspera do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, a criação de mecanismos de segurança em locais de risco e a restrição do acesso a meios de suicídio, como armas e pesticidas, através de uma maior regulamentação e restruturação de espaços públicos.

Entre as medidas propostas, a OPP defende alterações legislativas que limitem o acesso a armas de fogo ou que regulamentem a venda de substâncias tóxicas utilizadas para fins suicidários como pesticidas ou gases e outros produtos com toxicidade elevada.

Defende também a criação de mecanismos de segurança em locais públicos e infraestruturas usadas para fins suicidários, como pontes, edifícios altos, linhas ferroviária ou metropolitana, viadutos, com a instalação de barreiras e redes de proteção, vigilância de terceiras pessoas e a instalação de mensagens dissuasoras e contactos de emergência.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, registaram-se, em 2021, 8,9 suicídios por 100 mil habitantes, numa ocorrência de cerca de três suicídios por dia.

“Em Portugal, embora se estime que a prevalência do suicídio tenha vindo a decrescer lentamente nos últimos anos, o número de mortes por suicídio continua a ser mais elevado do que em qualquer outro país do sul da União Europeia”, alerta Ordem, no documento “Prevenção do suicídio: Intervenções e políticas públicas efetivas” citado pela Lusa.

“A restrição do acesso a meios de suicídio parte do pressuposto de que, uma vez que o suicídio ocorre num momento de impulsividade, a dificuldade de acesso a um método preferencial e/ou delineado, aumenta as probabilidades de sobrevivência”, sustenta ainda.

A OPP advoga ainda a criação de uma Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio, que envolva os sectores da saúde, educação, justiça e media, e a realização de campanhas nacionais efetivas de prevenção do suicídio.

Linhas de apoio

  • SNS 24 808 24 24 24 (24 h/dia)
  • SOS Voz Amiga 213 544 545/912 802 669/963 524 660 (15h30/00h30)
  • Conversa Amiga 808 237 327/210 027 159 (15h/22h)
  • SOS Estudante 915 246 060/969 554 545/239 484 020 (20h/1h)
  • Telefone da Amizade 228 323 535 (16h/23h)
  • Voz de Apoio 225 506 070 (21h/24h)
  • Vozes Amigas de Esperança 222 030 707 (16h/22h)
  • Linha Universidade de Aveiro (LUA) 800 208 448 (20h/2h)

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