Manter as redes de emergência a funcionar entre os diversos agentes de segurança e prestação de socorro é uma das preocupações e prioridades dos serviços de Proteção Civil na sequência do apagão que deixou grande parte do país sem energia elétrica, esta segunda-feira de manhã, cerca das 11h30.
“Não sabemos ainda a origem [do apagão], mas os nossos serviços de emergência estão a repor o que são todas as redes de emergência a funcionar. Neste momento, estamos ainda com alguns problemas em algumas zonas relativamente às redes de emergência, mas a situação está controlada nesse aspeto através das nossas comunicações de rádio e de outros sistemas alternativos”, adiantou Carlos Guerra, comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria (CSR de Leiria), em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA.
“As nossas principais dificuldades neste momento são as comunicações via telefone com os agentes de Proteção Civil, com os corpos de bombeiros, com a GNR e outras forças e entidades, e estamos a utilizar a rede rádio”, referiu ainda, recomendando às pessoas para apenas recorrerem às linhas de emergência em caso de necessidade, deixando as “linhas livres).
“O que se aconselha é que tenham a calma normal para períodos em que falta energia, e que não pensem que é recorrendo sistematicamente ao telefonema para as centrais de emergência que vamos resolver o problema mais rapidamente. Estamos a trabalhar para que tudo não falhe”, destacou Carlos Guerra.
“Houve um grande fluxo de pessoas a tentar contactar através das linhas telefónicas, e algumas redes telefónicas não tiveram capacidade de gerir as chamadas todas. Neste momento, a nossa prioridade é tudo quanto seja o socorro e não propriamente a informação pública, porque essa é disponibilizada nos sites oficiais da Proteção Civil, da E-Redes e de outras entidades”, sublinhou ainda o comandante, referindo que o apagão é de “nível ibérico”, e que “atingiu também alguns países da Europa”.
No que toca ao hospital de Leiria, o responsável refere que “estão a funcionar num sistema de contingência, com geradores de emergência”, de modo a “manter os serviços mínimos e tudo o quanto é possível” a trabalhar.
Ministro da Defesa Nacional apela a que população mantenha a tranquilidade
O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, apelou hoje, em Coimbra, para que as pessoas mantenham a tranquilidade e adiantou que ainda não são conhecidas as causas da falha de eletricidade que afetou Portugal continental.
“O apelo que devemos fazer é um apelo a tranquilidade. Sabemos que esta falha de energia atinge vários países. Não conhecemos as causas”, declarou o Ministro da Defesa Nacional, no Conservatório de Música de Coimbra, citado pela agência Lusa.
Segundo Nuno Melo, “todos os poderes públicos estão empenhados naquilo que é o auxílio às pessoas, às populações, que naturalmente terão um motivo de apreensão”.
A REN – Redes Energéticas Nacionais confirmou hoje um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e parte do território francês e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.
Entretanto a ANA – Aeroportos de Portugal acionou os geradores de emergência, após um corte de energia a nível geral, possibilitando o essencial da operação no Porto e em Faro, mas Lisboa com mais limitações, disse à Lusa fonte oficial da gestora aeroportuária.
PSP coloca maior número de polícias nas ruas para auxiliar as pessoas
A PSP está, por seu turno, a colocar um maior número de polícias nas ruas para auxiliar as pessoas, nomeadamente no trânsito, devido à falha de energia em Portugal continental.
