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João Almeida vence na Romandia com a mesma estratégia: garra, sofrimento e confiança

Com duas grandes provas para pedalar esta época – Volta à Suíça e Volta a França – este é, para já, o melhor momento da carreira do jovem ciclista de A-dos-Francos. Na Volta a Portugal do Futuro, um atleta leiriense também se destacou.

João Almeida igualou Pogacar, Vingegaard e Toglic no WorldTour FOTO: UAE Emirates Team

Férias. Serão desta forma que os próximos dias de João Almeida, ciclista de Caldas da Rainha que, domingo, conquistou a Volta à Romandia, com o segundo lugar no contrarrelógio final, serão gozados.
Antes de alinhar na Volta à Suíça, o jovem de A-dos-Francos vai descansar e “carregar baterias” para o próximo desafio da temporada.

Esta foi a segunda vitória consecutiva para o #botalume, após o triunfo na Volta ao País Basco, em abril. O ciclista que se mostrou em 2020, na Volta a Itália, ao segurar a camisola rosa por 15 dias, está a apresentar-se de forma exemplar, quiça até letal, sobretudo para os adversários, quando encaixa as sapatilhas nos pedais e sai para a estrada.

No final, do contrarrelógio, João Almeida, ainda em cima da bicicleta, aguardou uns instantes pelos resultados finais e apenas entregou a bicicleta quando recebeu a confirmação oficial do triunfo desta prova em terras helvéticas. Os pais e a irmã, de bandeira nacional nas mãos, e o diretor da UAE Emirates Team, foram os primeiros a receber o abraço do vencedor.

“Estou muito feliz, o objetivo era vencer a corrida. Infelizmente, não ganhei nenhuma etapa, mas estive sempre na frente. Estou muito feliz pela vitória, podemos estar orgulhosos da prestação [da equipa]”, disse, pouco depois de subir ao pódio.

João Almeida concluiu os 17,1 km em Genebra em 20m45s, perdendo apenas para o belga Remco Evenepoel, campeão olímpico da especialidade (20m33s), e com 26 segundos de vantagem sobre o francês Lenny Martinez, segundo na geral, e 41 face ao australiano Jay Vine, também da UAE Emirates.

Referência no WorldTour

“Foi o dia certo. Para ser sincero, sofri um pouco a semana toda, não me senti a 100%. Mas dei o meu melhor e não desisti. Por vezes, é tudo devido à mentalidade. Estava muito confiante no meu contrarrelógio, sabia que tendo boas pernas teria a vantagem do meu lado”, analisou.

Vencer esta corrida “é muito importante”, assumiu, e selou um feito que, nos últimos anos, só esteve ao alcance dos três grandes nomes do ciclismo mundial, o seu companheiro de equipa Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard e Primoz Roglic, que é vencer duas corridas por etapas seguidas do escalão WorldTour.

“Tenho dado sempre o meu melhor, mas por vezes não tenho tanta sorte, noutras outro ciclista está mais forte. Tenho sido segundo muitas vezes, mas [este ano] tenho tido sorte e tenho estado saudável”, referiu.

Depois de questões de saúde lhe terem retirado várias chances, como uma Volta a Itália em que a Covid19 o afastou da rota do pódio, este ano, e empurrado pela “comunidade portuguesa massiva” na Suíça, celebrou nova vitória, antes das férias e de voltar, para a Volta a Suíça, a caminho do Tour.

Aos 26 anos conquista uma segunda corrida WorldTour seguida, numa época 2025 em que venceu duas etapas na prova basca e, antes, uma das tiradas do Paris-Nice.

Este é o 18.º triunfo da carreira como profissional e junta-se à Volta ao País Basco este ano e à Volta ao Luxemburgo e à Volta à Polónia, ambas em 2021. Segue-se a Volta à Suíça, em junho, em que foi segundo em 2024, antes da Volta a França, em julho.

Estas duas vitórias seguidas deixam-no, ainda, como campeão de duas das sete principais provas por etapas do calendário velocipédico mundial, na qual se inserem, além das Voltas a França, Itália e Espanha, também o Paris-Nice, o Tirreno-Adriático, a Volta à Catalunha, o Critério do Dauphiné e a Volta à Suíça, esta última o próximo objetivo.

FOTO: LD

Duarte Domingues fica à porta do pódio da Volta do Futuro no triunfo de Lucas Lopes

O ciclista Lucas Lopes, da Rádio Popular-Paredes-Boavista, conquistou, no domingo, a 32.ª edição da Volta a Portugal do Futuro, ao controlar a vantagem na quarta e última etapa, que terminou na Praia do Pedrógão, em Leiria.

O ciclista, que assumiu a camisola amarela no segundo dia, em São Pedro do Sul, cortou a meta no 26.º lugar, a 10 segundos do vencedor, o espanhol Óscar Fuentes (Cortizo), mais rápido nos 153,5 quilómetros entre Ansião e a Praia do Pedrógão (Leiria).

Fuentes cortou a meta cinco segundos antes de Álvaro Navas (Óbidos), segundo, e o axadrezado João Martins, terceiro, num dia que não alterou o pódio final da geral.

O leiriense Duarte Domingues chegou à meta integrado no pelotão e cruzou a linha na 22ª posição, com menos cinco segundos do que o vencedor da edição da Volta do Futuro e foi quarto na geral, a oito segundos do pódio.

A prova juntou 85 ciclistas, sub23, ao longo de quatro etapas, três delas com passagem em vários concelhos da região. À Praia do Pedrógão chegaram 59 ciclistas.

Lucas Lopes, que também venceu na montanha, que corresponde à camisola azul, sucede a Luca Bagnara, campeão em 2024, ao acabar com 49 segundos de vantagem para Diogo Pinto (Credibom-LA Alumínios), segundo, e 1m02s para Tiago Santos (Anicolor-Tien21), terceiro na geral e segundo na montanha, à frente do leiriense Duarte Domingues.

João Martins, que triunfou na primeira etapa, entre Pombal e Aveiro, venceu nos pontos, Tiago Santos na juventude, e a Cortizo levou para casa o troféu por equipas.


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