Se o stand-up comedy e o circo pobre tivessem um filho a que fossem acrescentadas “pitadas de TED Talk” e “meia xícara de teatro musical”, ele seria “O céu da língua”. A descrição é do próprio Gregorio Duvivier, ator, autor, comediante, poeta, que criou e dá corpo ao espetáculo criado a par da atriz e encenadora Luciana Paes.
A estreia foi no final do ano passado em Lisboa e, depois, de então para cá, a digressão anda a percorrer o país, até terminar em Leiria na próxima terça-feira, 1 de julho no Teatro José Lúcio da Silva.
Gregorio Duvivier, um dos mais proeminentes elementos do projeto brasileiro de humor Porta dos Fundos, assume que a língua portuguesa é, mais do que uma pátria, uma obsessão. Afinal a palavra é uma fonte inesgotável de humor, desde os primórdios. “No Princípio era o Verbo, disse Deus. E logo em seguida vieram os erros de concordância. O mesmo Deus disse: Faça-se a Luz. Mas disse para quem? E por quê?”, brinca-se na sinopse.
“O céu da língua” é uma comédia poética que nos lembra que “o homem nada mais é do que um macaco que fala – e todas as outras diferenças derivam disso”. Em Leiria, o espetáculo pode ser visto na terça-feira (21h30, M16), com bilhetes a 26, 30 e 32 euros.
(Já depois da publicação da notícia sobre a digressão de Gregorio Duvivier, foram anunciadas duas datas extra para Lisboa, nos dias 3 e 4 de julho, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa)