Foi com surpresa que a direção do Atlético Clube Marinhense recebeu esta manhã a informação de que as instalações do Campo da Portela, na Marinha Grande, estavam fechadas.
Ao que o REGIÃO DE LEIRIA conseguiu apurar, os antigos dirigentes Juventino Fernandes e Mário Fernandes, seu filho, acompanhados por um advogado, deslocaram-se ao recinto, entraram na propriedade, desativaram o alarme e, alegadamente, trocaram as fechaduras e instalaram câmaras de vigilância.
Na origem desta ação estará a dívida de cerca de 700 mil euros que o clube tem com o antigo presidente, que adquiriu o terreno e cedeu ao clube, gratuitamente, apenas com o compromisso de receber o dinheiro em causa.
Nos últimos anos, Juventino Fernandes terá realizado um acordo que envolvia o clube e uma promotora, que teria intenções de construir ali uma superfície comercial, num investimento acima dos dois milhões de euros, o que permitiria pagar o valor reclamado pelo antigo dirigente e suportar a saída do At. Marinhense para novas instalações sem contratempos.
Em dezembro passado, o clube recebeu uma ordem de despejo, por parte do proprietário do terreno, para deixar o Campo da Portela até ao final desse ano, contudo, em reunião de Assembleia Geral do clube, a ordem de despejo acabou por ficar suspensa.
O REGIÃO DE LEIRIA procurou contactar Juventino Fernandes que remeteu explicações para o seu advogado. “Não confirmo, nem desminto nada”, disse.
Também a direção do At. Marinhense não se alongou em comentários, confirmando o bloqueio às instalações e adiantou que “reagirá nas próximas horas em comunicado”.
Os treinos das equipas de formação estão previstos começar na próxima segunda-feira, dia 4 de agosto.