A autarquia de Ourém aprovou na última reunião de executivo, na segunda-feira, dia 4, a proposta de aquisição dos terrenos do antigo Colégio Fernão Lopes para mudar a biblioteca municipal de instalações e instalar lá o arquivo municipal.
O terreno, onde está incluído o antigo ginásio do colégio e instalações fabris, tem uma área total de 17 mil metros quadrados e vai ser comprado por 500 mil euros.
“O negócio foi feito todo em conjunto, porque o proprietário só aceitou vender” dessa forma, declarou o presidente da Câmara, explicando que ficou determinado o pagamento de 100 mil euros ainda este ano, sendo os restantes 400 mil euros em janeiro de 2026.
O autarca adiantou que o imóvel, na cidade de Ourém, próximo do centro de saúde e do posto territorial da Guarda Nacional Republicana, “tem muita história no concelho”.
“Houve muitos ourienses, e não só, que por ali passaram no passado e que entendiam também, como nós entendemos, que era importante preservar este património”, afirmou, referindo que o município estava há alguns anos a “tentar fazer este negócio, que só agora foi possível concretizar”.
O autarca Luís Albuquerque esclareceu ainda que o objetivo é preservar o edifício, avançando para a sua recuperação e requalificação, de forma a receber a biblioteca e o arquivo municipais.
“Estas duas valências estão em instalações arrendadas no centro da cidade que não têm estacionamento, sem possibilidade de crescer”, observou.
Quanto à utilização do terreno envolvente, Luís Albuquerque remete para a necessidade de se realizar um estudo. “Entendo que deverá ser ali criado um espaço verde, de fruição, de lazer, junto da [futura] biblioteca”, para que as pessoas que a ela se desloquem dele possam usufruir, acrescentou, assinalando que, ainda assim, “vai sobrar muito terreno”.
Neste caso, “sendo, obviamente, uma área que permite construção, a Câmara poderá sempre depois rentabilizar”, adiantou, ressalvando que “não está ainda definido”.