Na reta final do Festival de Teatro de Rua de Porto de Mós há três peças feitas pelos grupos do concelho para descobrir este fim de semana.
São três espetáculos distintos que se estreiam na verdadeira festa do teatro que tem preenchido as noites de verão na Praça da República.
Hoje, sexta-feira, 1 de agosto, o palco é do Trupêgo, de Porto de Mós, que apresenta “Desenterrar”: “Num futuro não muito distante, quatro jovens reúnem-se à volta de um caldeirão, guiados por uma receita num ecrã. Mas tudo falha — a luz, a rede, o plano. No escuro, ouvem falar dos ‘Antigos’. Diz-se que ainda sabem como se cultiva. Quem são? Onde estão? Começa a busca: por hortas escondidas, campos esquecidos e formas de resistência que não se encontram online…”.

O JuncaTeatro, do Juncal, junta-se ao festival no sábado, dia 2, com “Terra a terra somos nós”.
“Um grupo de saltimbancos instala-se na Praça da República para apresentar o seu novo
espetáculo: uma sucessão de quadros vivos que dão corpo e voz às memórias da agricultura
antiga do Juncal, a terra que os viu nascer. O espetáculo é uma evocação ao tempo que passou,
mas também um gesto de resistência contra o esquecimento. Porque, no fim de contas, o tempo
só vai, não volta”, lê-se na sinopse do espetáculo.
A fechar esta edição, desce à vila o Olaré – Grupo de Teatro Amador de Serro Ventoso, com “Semente ‘perfeita'”.
Neste espetáculo, adianta o grupo, acompanha-se “o percurso dos alimentos e de quem deles cuida, desde a sementeira até ao prato”.
“Questionamos a autenticidade dos produtos que nos vendem e confrontamo-nos com as fragilidades do ideal com que sonhamos. Se tornarmos a agricultura mais sustentável, será que continua a ser rentável? Pode uma semente ser perfeita? E se fosse… que preço estaríamos dispostos a pagar por ela?”, questiona o Olaré.

Produzido pelo Leirena Teatro, o Festival de Teatro de Rua de Porto de Mós vai já na décima edição, com o propósito de valorizar o teatro comunitário, dinamizar o centro histórico e envolver habitantes e visitantes a viverem a cultura de forma próxima, acessível e envolvente.
Todos os espetáculos começam às 21h30, com entrada livre.
