Procurar
Assinar

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais
Autárquicas 2025

Candidatos à presidência da Marinha Grande deixam promessas de aposta na inovação e conhecimento

Ciclo de debates do Politécnico de Leiria, COTEC e REGIÃO DE LEIRIA terminou esta noite na Marinha Grande

Debate entre os quatro candidatos foi moderado por Francisco Santos, diretor do REGIÃO DE LEIRIA Foto: Joaquim Dâmaso

A Marinha Grande é uma cidade “tecnológica com capacidade tremenda”, que beneficia da “complementaridade de sectores” que amortecem os impactos das crises conjunturais que os afetam. Mas há desafios, adianta Aurélio Ferreira, candidato do +MpM à presidência da Câmara da Marinha Grande nas eleições de 12 de outubro. E não tem dúvidas: a transferência de saber da academia para o tecido empresarial é o caminho “fundamental”, alicerçando uma “indústria do saber”.

A discussão em torno do futuro do concelho da Marinha Grande na próxima década ocorreu na noite desta segunda-feira, no auditório da Resinagem. Em cima da mesa, o estudo que já serviu de ponto de partida para a discussão em Torres Vedras, Caldas da Rainha e Leiria: “Prospetiva 2035 – Três Cenários para o Futuro de Leiria e Oeste”. A criação de uma universidade de excelência é um dos alicerces do desenvolvimento da região de Leiria e Oeste, defende o estudo, apontando a importância de ligar conhecimento, talento e indústria, permitindo acelerar a digitalização das empresas, estimular a formação avançada, atrair investigadores e empreendedores.  Desta feita, a cidade do vidro foi o último destino deste ciclo de debates.  

Agostinho da Silva, coordenador da estrutura de missão que realizou o estudo, traçou linhas gerais do documento e deixou claro o desafio que será evidente no tecido empresarial se nada mudar: a Marinha Grande reúne boas condições para vencer os embates futuros, mas “até 2035 em cenário de continuidade, 20 a 40 por cento das empresas do concelho podem desaparecer”. A ideia central passa por evitar que tal aconteça e concretizar o cenário otimista que passa por crescimento mais acelerado.

O candidato à reeleição no cargo de presidente da Câmara iniciou a indicação do que poderá significar este caminho: “temos de ser geridos por pessoas com massa cinzenta e que discutam estes problemas. Isso far-se-á com a academia”, adiantou Aurélio Ferreira.

Sérgio Silva, candidato da CDU, manifestou-se pouco surpreendido com os resultados do estudo. Afinal, o PCP tem estudado a realidade regional e tem chegado a um diagnóstico similar, explicou. “Há muitos anos que defendemos que esta região necessita da universidade”, adiantou. “Se queremos um sector de alta tecnologia temos de ter zonas industriais alta qualidade”, explicou, defendendo ainda a cooperação com associações do sector para alavancar investimentos e emprego. Caso contrário, as empresas “vão para Aveiro ou o Minho”, salientou.

Número dois na lista do PS (liderada por Paulo Vicente), Armando Constâncio sublinhou a “matriz quase ímpar da Marinha Grande no país”. A aposta nos planos territoriais de emprego e em parques de ciência a tecnologia, são algumas das ideias que preconiza. “Temos de aumentar sinergias para que esta região se transforme num potentado. É fundamental estabelecer pontes com a universidade”, salientou Armando Constâncio, acrescentando igualmente a importância de diversificar sectores na aposta de start-ups e na criação de um gabinete de promoção do investimento externo.

Já o candidato do Chega, Emanuel Vindeirinho, enfatiza a necessidade de reter talento, apontando na digitalização dos serviços municipais como um fator que poderá desencadear o reforço do know-how local na área e a sua proliferação para as empresas. “A nossa aposta é a digitalização, a partir da Câmara e para as empresas”.

A melhoria do parque habitacional, com a multiplicação da oferta, foi fator considerado decisivo para assegurar a retenção de talentos. Aurélio Ferreira defendeu que o último mandato foi fulcral na redução dos prazos de licenciamento de habitação: “foi o passo decisivo de ajudar os jovens que querem vir para cá e isso foi conseguido”. Armando Constâncio lembrou a necessidade de devolver ao uso os 74 apartamentos de habitação social que estão a necessitar de obras e de reforçar a oferta com habitação em terrenos municipais no centro da cidade. Sérgio Silva, por sua vez, defende que a Carta Municipal da Habitação será o instrumento privilegiado nesta área, referindo a urgência em criar habitação coletiva (com prédios e apartamentos) para mitigar o problema. Emanuel Vindeirinho acredita que PPPs (parcerias público-privadas) com construtores podem acelerar a entrada de habitação no mercado.

Jorge Portugal, diretor geral da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação e que em conjunto com o Politécnico de Leiria e o REGIÃO DE LEIRIA promoveram o debate desta tarde, enfatizou que os quatro debates realizados – o último dos quais ocorreu esta segunda-feira na Marinha Grande – mostraram uma convergência na importância da cooperação e na ambição de desenvolver o território, circunstância muito importante para ter sucesso nesta década que, explica, será decisiva.


Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados