O cabeça-de-lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara da Batalha nas próximas eleições autárquicas é Vítor Sousa, que considera ser importante haver uma voz desta força política no executivo municipal.
Em declarações à agência Lusa, Vítor Sousa admitiu ser difícil a eleição, sustentando, todavia, ser importante que no executivo municipal haja uma voz da CDU, pois “com trabalho, honestidade e competência, a Batalha voltará a ser de todos”.
“Aceitei o desafio porque sinto que os batalhenses têm de ter uma força política que os represente na defesa do desporto, cultura e de uma melhor saúde para todos”, afirmou o candidato, de 58 anos e pintor de automóveis.
Sobre o estado do concelho, o cabeça-de-lista, residente na Batalha e que concorre como independente, observou que, “nos últimos anos, está um bocado parado”, referindo-se às áreas da “cultura, turismo, ambiente, serviços públicos, educação”.
“Para a CDU, o conhecimento de realidades locais é ponto fundamental”, prosseguiu, garantindo que a coligação formada pelos partidos Comunista Português e Ecologista Os Verdes vai promover “encontros com a população e com o movimento associativo local, para que todos possam participar na procura das soluções para os problemas”.
Quanto à saúde, o candidato proposto pelo Partido Comunista lamentou que seja “semelhante à realidade de todo o país”, sofrendo de “consequências de décadas de políticas de direita que visam destruir o Serviço Nacional de Saúde em favorecimento do negócio privado”.
“Grande percentagem da população do concelho não tem médico de família e a espera por uma consulta chega aos quatro meses”, criticou.
Entre outras áreas, Vítor Sousa propõe, no âmbito da segurança, policiamento de proximidade e, na Proteção Civil, “estar em sintonia permanente com os Bombeiros Voluntários da Batalha”.
Quanto à cultura, “uma das bandeiras da CDU”, o cabeça-de-lista referiu a necessidade de “envolver as associações e coletividades do concelho, produtores, agentes e artistas locais, prestando-lhes todo o apoio possível no sentido de proporcionar a toda a população o direito e o acesso à cultura”.
Outra das lutas da CDU passa pela mobilidade, com a eliminação de “todas as barreiras arquitetónicas que impeçam ou dificultem a mobilidade aos munícipes” ou “uma rede de transportes públicos com horários compatíveis com as necessidades da vida de todos os munícipes e a preços acessíveis”.
Na área económica, Vítor Sousa reconheceu que “a defesa da produção nacional e do comércio local é da máxima importância”, e a CDU se compromete a pugnar pelos “pequenos empresários e agricultores locais”.
No que diz respeito à educação, o candidato lembrou que a CDU foi contra a delegação de competências para os municípios, sendo que esta “nunca foi acompanhada das verbas correspondentes”, pelo que a manutenção dos equipamentos é feita “com dificuldade”.
“Os eleitos da CDU exercerão toda a pressão para que o executivo da Câmara exija, de forma permanente, que o Poder Central assuma as suas responsabilidades na disponibilidade dos meios financeiros, para que a escola pública tenha todas as condições”, acrescentou Vítor Sousa.
Nas autárquicas de 2021, o movimento independente “Batalha é de todos”, liderado por Raul Castro, conquistou o município ao PSD, alcançando quatro mandatos enquanto os sociais-democratas obtiveram três.
São também candidatos à Câmara da Batalha no sufrágio de 12 de outubro André Sousa (PSD), Joel Esperança (Chega), Ana Rita Silva (CDS-PP) e Dário Florindo (IL).
