O Chega candidata à presidência da Câmara de Porto de Mós, nas eleições autárquicas de 12 de outubro, o empresário do ramo da extração de pedra e músico Licínio Ferraria.
À agência Lusa, Licínio Ferraria, de 54 anos, residente em Mendiga, no concelho de Porto de Mós, afirmou que nas “linhas base” do seu programa eleitoral está “a questão de um dos bens mais básicos, que é a água na zona serrana”.
“Todos os anos, no verão e principalmente ao fim de semana, ficamos sem água”, declarou o cabeça-de-lista do Chega, que nas autárquicas de 2021 foi candidato do partido à União de Freguesias de Arrimal e Mendiga.
Outra das matérias pelas quais promete lutar prende-se com a isenção de portagens na Autoestrada 19 (entre Porto de Mós e Batalha).
“Não faz sentido, neste momento, haver várias autoestradas de convergência local e de interesse local, quer para as empresas, quer para as pessoas, e não estarem isentas de portagem”, disse o militante do Chega e coordenador da comissão para a instalação da concelhia do partido.
Ainda em matéria de acessibilidades, Licínio Ferraria referiu que a vila de Porto de Mós “é atravessada diariamente por trânsito pesado inerente à área extrativa” e os acessos para veículos pesados para chegar ou sair da sede do concelho “são muito complicados”.
Falando por “experiência própria”, pois também é motorista de veículos pesados, o candidato assinalou que para quem tem de passar em Porto de Mós, deslocando-se desde Mira de Aire, Alqueidão da Serra, Arrimal, Mendiga ou Serro Ventoso, esta é “uma questão prioritária em termos estratégicos”.
“Se estamos num concelho onde uma das matérias-primas é a pedra, há que começar a acautelar essa situação”, preconizou Licínio Ferraria.
O candidato comprometeu-se ainda a pugnar por melhores serviços públicos no concelho, dando exemplos da Conservatória, Finanças e Segurança Social, para reconhecer, contudo, que estes que não são tutela do município.
“Neste momento, Porto de Mós está pior do que do que há 20 anos em termos de serviços básicos como são esses três serviços”, considerou o cabeça de lista, defendendo a “necessidade urgente de melhorar os serviços básicos essenciais para quem vive” no concelho.
O candidato questionou mesmo de que “adianta andar a promover turismo se as coisas mais básicas não estão defendidas, nem se faz nada para que melhorem”, juntando ainda neste campo a saúde.
Sobre as eleições de outubro, declarou que “a vitória é ganhar”, explicando que a candidatura do Chega visa também “acrescentar algum valor democrático” no concelho que, desde 1976, teve na liderança PSD (incluindo em coligação) ou PS.
“As pessoas recorrem a nós para darmos voz também às necessidades que têm e que até agora não viram suprimidas. Portanto, nessa base o Chega é de extrema importância”, disse ainda Licínio Ferraria.
Nas últimas autárquicas, o PSD alcançou quatro mandatos, enquanto o PS tem os outros três.
Nas eleições de 12 de outubro, o atual presidente, Jorge Vala, é recandidato ao terceiro e último mandato. São também cabeças-de-lista Fernando Gomes (PS), Marcos Ramos (IL) e Telmo Cipriano (CDU).