Na noite eleitoral das eleições autárquicas de 2025 em Leiria, a sede de campanha da Coligação Democrática Unitária (CDU) começou a noite com esperança e bom ânimo. Os militantes e simpatizantes acompanhavam com entusiasmo os resultados nacionais, onde a CDU ia conseguindo ganhos em alguns municípios do país. Havia, naquele ambiente, uma sensação de que o trabalho de base poderia ter dado frutos também na capital do distrito.
No entanto, à medida que os números iam sendo divulgados pela Comissão Nacional de Eleições, tornava-se evidente que em Leiria os ventos não sopravam a favor da coligação liderada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV). Apesar do esforço de campanha e da dedicação da candidatura encabeçada por Nuno Violante, a CDU não conseguiu eleger qualquer representante — nem um único vereador na Câmara Municipal, nem um lugar na Assembleia Municipal, nem tão pouco na Assembleia de Freguesia.
Foi um revés significativo para a força política que, em eleições anteriores, já tinha tido alguma expressão local, ainda que modesta. A ausência total de representação autárquica em Leiria marca um ponto de inflexão na sua trajetória concelhia, levantando questões sobre o futuro da organização política na região.
Apesar da desilusão local, os apoiantes da CDU em Leiria mantiveram viva a chama da resistência política, lembrando que a luta não se esgota nas urnas. A noite, que começou com celebração pelos ganhos nacionais, terminou em reflexão — e com a promessa de continuar a estar presente nas ruas, nas associações e nas causas que defendem, mesmo sem mandato autárquico.