Rie Nakajima é do Japão, Pierre Berthet da Bélgica. Juntos, andam a percorrer a Europa de carrinha, a criar pequenas instalações que produzem sons delicados a partir da interação com elementos naturais, como folhas secas, ramos e outros elementos.
Esta semana, a dupla estacionou nas Fontes para desenvolver uma residência artística especialmente inspirada nesta aldeia das Cortes, onde nasce o Lis, tendo o entorno natural, o rio e quem ali vive como companhia. É mais um momento de Fontes Sonoras, um projeto Omnichord que decorre do festival Nascentes – mas com outra escala e outro tempo.
Nakajima e Berthet, descritos pela organização como “dois dos mais inventivos artistas sonoros da atualidade”, exploram pequenos mecanismos, vibrações, percussões de grande simplicidade e discreto efeito.
Nas Fontes, o desafio colocado ao público por ambos será um convite para experienciar uma escuta ativa e atenta, procurando o detalhe e a subtileza não só do objeto idealizado mas também no que está em contexto e no próprio ouvinte.
A Omnichord avança que, entre o som da água e o silêncio do lugar, ambos os artistas construíram uma experiência que se revela a quem escuta com atenção. “Cada gesto e cada detalhe do espaço participam da criação”, imaginada “para sentir, ouvir e partilhar a magia do som que nasce do lugar”.
A terceira instalação performativa de Fontes Sonoras é apresentada no domingo, dia 26, às 15h30.