As temperaturas previstas para os próximos dias convidam a banhos e são muitos os que têm uma ida à praia no programa de fim de semana.
De modo a salvaguardar a segurança dos banhistas, uma vez que a época balnear encerrou a 10 de setembro, o município de Leiria decidiu destacar uma equipa de dois nadadores-salvadores para a Praia do Pedrógão, no sábado, 30, e domingo, 1 de outubro.
“A medida surge na sequência das previsões de temperaturas altas para estes dois dias e da eventual grande afluência de banhistas à única praia do concelho”, esclarece o município em nota de imprensa.
Os nadadores-salvadores estarão no areal da única praia do concelho de Leiria, entre as 10 e as 19 horas.
Também a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS) alertou para “o alto risco de afogamento”, tendo em conta as altas temperaturas e o fim da assistência a banhistas na maioria das praias.
Num comunicado, a federação lembrou que “existe morte por afogamento em todos os meses do ano”, tal como mostram os relatórios do Observatório do Afogamento.
A FEPONS recordou ainda que “existe uma relação direta entre o aumento da temperatura e o aumento da morte por afogamento em Portugal”, segundo um estudo apresentado em 2021, num congresso internacional em Espanha.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>“Todos os banhistas devem frequentar as praias que ainda têm assistência” por parte de nadadores salvadores, defendeu a federação.
As temperaturas máximas no continente vão estar a partir de hoje acima dos 30 graus Celsius, podendo atingir os 37 graus, cerca de 5 a 8 graus acima da média para o mês de setembro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“Esta situação de tempo quente deverá persistir até ao início da semana, até dia 3”, disse à Lusa a meteorologista Ângela Lourenço, do IPMA.
De acordo com Lourenço, se o cenário da influência da crista anticiclónica persistir e o episódio de tempo quente se prolongar por mais dias, em especial na região Sul, poderá ocorrer uma onda de calor.
A 11 de agosto, a FEPONS revelou que 60 pessoas morreram afogadas nos primeiros seis meses do ano. Apesar de se ter registado uma redução relativamente ao período homólogo (68 óbitos), o número foi superior à média dos últimos seis anos (56 mortes).
De acordo com números do Observatório do Afogamento, nenhuma das mortes aconteceu em praias vigiadas.