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Leiria

Traçado de alta velocidade tem parecer favorável condicionado mas Câmara de Leiria quer garantias

Acessibilidades viárias e intermodais adequadas à nova estação na Barosa são algumas das exigências do Município.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu parecer favorável condicionado ao troço entre Soure e Carregado da futura linha de alta velocidade Lisboa – Porto, que contempla uma estação em Leiria.

A decisão, na Declaração de Impacto Ambiental (DIA), determina a adoção da alternativa B1 (no trecho Carregado – Rio Maior), as alternativas B2+A3 (Rio Maior – Juncal), a alternativa B4 com variante de Regueira de Pontes (Juncal – Bidoeira) e a alternativa B6 (trecho Bidoeira – Pombal), por serem “ambientalmente as mais favoráveis, face aos valores relevantes em presença”.

Na DIA, com validade até 1 de julho de 2029, a APA considera que “os principais impactes negativos do projeto irão ocorrer na fase de construção da LAV [linha de alta velocidade], alguns de caráter temporário, mas também durante a fase de exploração”.

“Estes impactes exigem um conjunto de medidas a introduzir no projeto de execução das alternativas selecionadas, bem como a definição de medidas de minimização/compensação concretas para as fases de construção e exploração, que reduzam a significância dos impactes identificados, para o projeto de execução que vier a ser desenvolvido”, como estudos acústicos, de vibrações, de impacte das atividades económicas e de impacte social, “com particular atenção os casos de afetação de habitações e realojamento”.

A informação foi revelada na mesma semana em que um conjunto de especialistas propôs ao governo um traçado alternativo que coloca a estação de Leiria na zona da Caranguejeira. Contudo, o ministro Pinto Luz mantém a linha a passar e parar na Barosa.

A Câmara de Leiria mostrou-se satisfeita com o parecer, mas adianta que quer a garantia de medidas de compensação decorrentes do projeto da linha ferroviária de alta velocidade, que contempla uma estação no concelho.

Em nota de imprensa, refere que “a solução aprovada corresponde, genericamente, à proposta defendida”, sendo que a única alteração está na zona da Bidoeira de Cima.

Adiantando que o “próximo passo é a abertura do concurso internacional para a elaboração do projeto de execução”, a Câmara defende, igualmente, “a garantia de acessibilidades viárias e intermodais adequadas à nova estação”.

“A integração do projeto no ordenamento do território, com atenção à mitigação de impactes em áreas urbanas, agrícolas e ambientais”, e “a coordenação interinstitucional entre entidades nacionais e autarquias locais, de forma a assegurar a execução articulada nas medidas previstas”, são outros dos aspetos elencados.

O Município “acompanhará, de forma atenta, a evolução do processo, nomeadamente o traçado a apresentar no projeto de execução” e assegura colaboração “na definição e implementação das soluções de mobilidade, acessibilidade e ordenamento que garantam a melhor integração da nova infraestrutura ferroviária no território de Leiria”.

Recorde-se que o troço Soure–Carregado insere-se na fase 2 e inclui uma estação, em Leiria, na zona da Barosa. Este troço tem um custo estimado de dois mil milhões de euros e a duração de obra é de quatro anos.


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