É cedo para perceber todo o impacto a aposta do município da Marinha Grande na cultura. Mas já se notam efeitos do investimento “como nunca se fez na cultura”, salienta a vice-presidente da autarquia. “É uma revolução no território que foi feita nestes dois anos e meio” e que “trouxe a mudança à nossa comunidade”, acrescentou Ana Monteiro, na apresentação da agenda para os últimos meses de 2025.
Desde que garantiu apoio da DGArtes, pela Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, a Marinha Grande tem revolvido camadas sociais do concelho.
“A intenção é mexermos com a comunidade”, seja quem está nas escolas públicas e privadas, com o projeto “Casulo”, dos agentes criativos n’“A Fábrica” ou através de uma programação diversificada, do popular ao alternativo, com preocupações com o preço e com necessidades especiais, de comunicação ou de integração dos diversos públicos.
Ana Monteiro frisa que a intenção é, sobretudo, criar hábitos, para que “daqui a 20 anos os jovens sintam que a cultura faz parte deles”, através do conjunto de experiências diferenciadoras em que têm sido chamados a participar – e que até já mereceram elogios do Plano Nacional das Artes. Mas, apesar da fase embrionária, percebe-se já que “as pessoas começam a procurar a agenda, a reservar espetáculos com antecedência”.
“Já se começam a habituar que conseguem encontrar no concelho oferta cultural de qualidade”, resumiu.
Na agenda para o final do ano, passam pela Marinha Grande Sérgio Godinho & Os Assessores, com “Liberdade25” no dia 27 deste mês – uma escolha feita pelos participantes do projeto “A Fábrica” -, Raquel Tavares (25 de outubro), Lula Pena (8 de novembro), o monólogo “Desconfortável”, de Diana Nicolau (15 de novembro) ou o Ciclo à Margem (28 e 30 de novembro).
Mas o grosso da programação é “invisível” do público em geral: o grosso das atividades vai ao encontro das comunidades escolares, para que a mudança germine aí.