O candidato do Chega à Câmara de Leiria, Luís Paulo Fernandes, disse hoje que a mobilidade é uma aposta do partido e criticou o PS, que lidera o município, de ter tido “todas as condições”, mas “nada fez”.
“Neste momento, Leiria está a tornar-se numa cidade que, para chegar ao centro, não se está a conseguir e, portanto, a mobilidade urbana rodoviária para nós será uma aposta”, afirmou Luís Paulo Fernandes, no Arrabal, na apresentação dos candidatos às eleições autárquicas de 12 de outubro.
Sob o lema “Limpar e respeitar Leiria”, o candidato explicou que o partido vai “lutar com todas as forças para acabar com a burocracia”, considerando que esta “é a forma de promover a corrupção”.
“Connosco, com o Chega a nível nacional, a burocracia e a corrupção é para terminar”, garantiu.
Por outro lado, o cabeça de lista, empresário de 48 anos, assegurou que “a limpeza vai ser muito objetiva nos autarcas com conflitos de interesses”.
“Nós no poder ou na oposição (…) mais nenhum contrato público, de obras ou do que quer que seja, não pode ter participação de nenhum autarca eleito”, declarou.
Quanto ao verbo respeitar, Luís Paulo Fernandes, deputado na Assembleia da República, afirmou não admitir que “se desculpem em Leiria que o problema da segurança e da saúde é um problema de Lisboa”.
Aos presentes, o candidato, membro da Assembleia Municipal de Leiria, sustentou que o atual executivo, com oito de 11 mandatos, “tinha condições para governar como quase nenhuma câmara no país tem”, questionando “quais são as desculpas?”.
Sustentando que o ‘slogan’ “respeitar Leiria” está certo, pois a Câmara de Leiria, “uma que tem mais receitas de impostos”, “tira 5% do IRS” dos leirienses, o cabeça de lista do Chega frisou que “o dinheiro dos impostos é para ser respeitado”.
“Em Leiria, uma das cidades com melhores resultados para o Partido Socialista, vamos ter de ganhar, a direita tem de ficar por cima”, acrescentou Luís Paulo Fernandes, para quem o seu partido é o Chega e o seu líder, André Ventura.
O programa eleitoral da candidatura refere, em matéria de combate à insegurança, a necessidade de “reivindicar veemente junto do Governo” o aumento de efetivos da Polícia de Segurança Pública, uma auditoria e supervisão aos atestados de residência ou a reativação do quartel dos bombeiros nos Cardosos.
No âmbito da saúde, o Chega propõe a criação de condições e incentivos à fixação de médicos e enfermeiros no concelho” e, na área da habitação, o “levantamento urgente dos edifícios públicos devolutos para a criação de habitação acessível”, por exemplo.
No que se refere à mobilidade urbana, do programa consta “mobilidade pedonal e ciclável para todas as freguesias”, enquanto ao nível do ambiente está, por exemplo, a execução, com urgência, das “grandes obras de saneamento na cidade de Leiria”.
O Chega defende também uma auditoria externa às contas e ao processo de contratação pública, prometendo, igualmente, uma “auditoria aos processos de licenciamentos em atraso”.
Além de outras propostas, no programa eleitoral e na área da educação, as prioridades passam pela “conservação e construção de creches”, para o desporto mais apoio às “associações para atletas de competições amadoras”, enquanto para a cultura o Chega quer “apoio às associações que promovam desenvolvimento e dinâmica nas freguesias” e “a eventos que contribuam com retorno cultural e económico”.
Nas autárquicas de 2021, Gonçalo Lopes, que volta a candidatar-se, liderou, pela primeira vez, a lista do PS ao município, com o partido a manter oito mandatos e o PSD três. Os vereadores sociais-democratas passaram depois a independentes.
São também cabeças de lista à Câmara de Leiria nas próximas autárquicas Sofia Carreira (PSD), Paulo Ventura (IL), Nuno Violante (CDU), José Peixoto (coligação Avançar Leiria, que junta BE, Livre e PAN), Branca Matos (CDS-PP) e Nuno Henriques Barroso (ADN).
Em Leiria, o Chega concorre ainda à Assembleia Municipal e a 13 assembleias de freguesia.
