O ADN – Alternativa Democrática Nacional vai candidatar à Câmara das Caldas da Rainha o independente Carlos Barroso, fotógrafo e ceramista, que tem como prioridades as áreas da saúde, habitação e segurança, disse o próprio à agência Lusa.
A candidatura tem o lema “Caldas com Verdade” e assume “pôr os caldenses em primeiro lugar e as questões políticas de parte”, disse Carlos Barroso à agência Lusa, explicando ter aceitado o desafio do ADN por ser “o único partido que garantiu que as ideias para o concelho e a cidade seriam mesmo independentes”.
Na lista das prioridades para o concelho, coloca as questões da saúde, habitação e segurança.
Se for eleito, irá “lutar para que o Hospital das Caldas nunca encerre, mantenha todas as valências e até reforce as existentes”, disse.
“Não quero que mais nenhum serviço do Hospital das Caldas desapareça, não quero transferências de serviços para outras unidades”, acrescentou, vincando que, se for eleito, prefere “gastar 18 mil euros numa equipa médica que garanta consultas e a passagem de receitas para toda a população, do que gastar 18 mil euros por mês num gabinete de comunicação, por exemplo”.
Crítico das opções dos executivos que lideraram o concelho, “onde há mais de 40 anos não é construído um bairro social, nem é alargado nenhum dos existentes”, Carlos Barroso defende usar terrenos e edifícios municipais devolutos para “a construção de habitação acessível”.
Quanto à segurança, o candidato assume-se frontalmente contra a “colocação de polícia municipal na cidade, que não vai resolver o problema das aldeias”, onde também existirá o sentimento de insegurança.
Em seu entender, o que um autarca deve pedir “é o reforço de meios, quer para a PSP, quer para a GNR”, até pela “despesa exorbitante” que representaria a criação de polícia municipal, que “depois não tem estatuto para prender ninguém”, limitando-se “a andar a multar carros, multar pessoas que têm esplanadas, águas que vertem das varandas”.
Se for eleito, Carlos Barroso promete ainda “pedir uma auditoria às contas deste e dos anteriores executivos”, para clarificar “porque é que nuns anos há saldo positivo e noutros saldo negativo. Até parece que têm dinheiro debaixo do colchão”.
O importante, rematou, “é saber que dinheiro existe efetivamente, e como vai ser gerido esse dinheiro, porque uma câmara tem de ser gerida pela sua capacidade de execução de projetos”.
Carlos Barroso tem 52 anos, e formação técnica na área da fotografia, cerâmica e multimédia.
É fotografo e ceramista e pertenceu à direção da Associação de Artesão das Caldas da Rainha.
Não tem filiação política e candidata-se pela primeira na lista do ADN, partido que concorre também à Assembleia Municipal e às uniões de freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório e de Santo Onofre e Serra do Bouro.
Nas Caldas da Rainha foram já apresentadas as candidaturas do atual presidente, Vítor Marques (que lidera um acordo de cooperação entre o movimento Vamos Mudar e o PS), Duarte Raposo (CDU), Hugo Oliveira (AD, que integra PSD e CDS-PP), Carlos Ubaldo (BE), Luís Filipe Gomes (Chega), João Arroz (Livre) e Carla Oliveira (IL).
A Câmara é liderada pelo movimento “Vamos Mudar”, que 2021 obteve 40,70% dos votos e três eleitos.
O PSD, com uma votação de 34,71%, elegeu três vereadores, e o PS, com 11,14%, elegeu um, que, durante o mandato, se desvinculou do partido, mantendo-se em funções como vereador independente.
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.
