O inverno este ano tem sido especialmente rigoroso: dias seguidos cinzentos, com chuva de todas as qualidades, mas sempre com muita água a cair do céu, onde o sol não se vê dias a fio e o frio da noite se sente em pleno dia.
Há quem se lamente deste tempo, há quem o defina como fenómeno extremo resultado das alterações climatéricas, mas também há quem simplesmente se recorde que os invernos são assim, tempo de chuva e frio, altura de repouso das terras e de reabastecimento das reservas de água, que tanta falta farão não tarda no tempo do calor.
Encarando assim o tempo de inverno, como o ciclo da natureza de que também fazemos parte, e não algo que é um contratempo sem sentido que devemos contrariar, passamos a ter disponibilidade para usufruir do inverno e das coisas únicas que a natureza nos proporciona neste tempo.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Um dia destes passei por dois locais bem perto de Leiria, que se transformam durante o inverno e merecem uma visita: a nascente do rio Lis nas Fontes e o Buraco Roto (nascente do rio Seco) no Reguengo do Fetal. Simplesmente percebi, ainda bem que choveu tanto, sem essa água não era possível esta maravilha da natureza.
Diz o provérbio que “Inverno chuvoso Verão abundoso”, há pois que saborear o inverno e aproveitar o que este tempo nos trás.
(texto publicado na edição de 13 de março de 2014)