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Copo ½ cheio: Trabalho para a vida

Rosa-pedrosa
Rosa Pedrosa, administradora na inCentea rosa.pedrosa@incentea.pt

De acordo com o estudo da consultora McKinsey «Educação e Emprego: Levar a juventude da Europa para o Trabalho» os jovens portugueses não estão a estudar as coisas certas para os preparar para o mercado de trabalho, já que 30% dos empregadores portugueses que participaram no estudo afirmam não ter preenchido postos de trabalho por não encontrarem candidatos com as competências certas.

Hoje temos a geração mais qualificada de sempre a chegar ao mercado de trabalho. Então como explicar que mesmo assim e apesar da elevada taxa de desemprego continuar a haver dificuldade em preencher vagas, mesmo com requisitos de qualificação baixas?

É certo que o reconhecimento de competências tem como condição necessária o conhecimento e/ou saber fazer validado pela qualificação, mas esta não é suficiente, implica também que a pessoa mobilize o saber que detém e exista um “julgamento” positivo sobre o seu desempenho.

Assim, mais que uma questão de qualificação, o problema poderá estar nas condições de mobilização dos saberes, das expectativas de vida e de como os jovens encaram o trabalho e se adaptam à vida ativa. É pois uma boa oportunidade para encontrarmos alternativa ao modelo de emprego para a vida e em conjunto, jovens e empresas, definirem o novo modelo de trabalho para a vida.

(texto publicado na edição de 13 de fevereiro de 2014)