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Gira aos 40: Sexo fraco, nós?

Confesso que, muitas vezes, tenho pena dos pobres homens que nos tentam entender.

Sofia Francisco, professora giraaosquarenta@gmail.com

Confesso que, muitas vezes, tenho pena dos pobres homens que nos tentam entender. Tudo começa na conquista, quando nós, moças de coração generoso, lhes fazemos acreditar que eles nos escolheram. A verdade é que nós é que os selecionamos e, depois, para lhes massajar o ego, os encorajamos com subtilezas e fazemos com que eles acreditem o contrário. Na relação em si, acabamos quase sempre por levar a água ao nosso moinho, que é como quem diz, acabamos quase sempre por conduzir a vida do casal para onde queremos. Eles assistem, acenam que sim e acreditam que a escolha é dos dois.

Nós não damos tréguas e eles, grande parte das vezes, têm razão para se sentirem desnorteados. Às vezes, queremos um homem sensível e fofinho ao nosso lado. No dia seguinte já queremos um homem forte que nos proteja de tudo. Uns dias gostamos de um homem que nos aconselhe sobre o que vestir, mas há dias em que não achamos nenhuma piada que o homem critique a escolha da nossa roupa. E, quando o assunto é o peso, é o verdadeiro drama. Acho mesmo que nenhum homem conseguiu ainda descobrir a resposta certa à pergunta “Achas que estou mais gorda?”.

É claro que isto pode nem ser verdade para a maioria dos casais. Talvez seja só eu que tenho a mania que sei tudo. Isso e porque me apeteceu aproveitar abril e escrever sem receios o que penso, mesmo que não tenha razão (que tenho!).

(texto publicado a 24 de abril de 2013)